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"Babás" controlam modelos na hora de ir ao banheiro ou fumar 482j1j

Monitoras de backstages controlam as jovens que desfilam no Fashion Rio com pranchetas e headphones 3e2f6o

10 abr 2014 - 13h51
(atualizado às 13h54)
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Monitoras sofrem para acompanhar ritmo das tops entre um desfile e outro
Monitoras sofrem para acompanhar ritmo das tops entre um desfile e outro
Foto: Daniel Ramalho / Terra

De pranchetinha na mão, canetas em punho, elas são meio invisíveis nos backstages de desfiles de moda como o Fashion Rio, mas têm um papel mais importante do que aparentam: são uma espécie de babá/controladoras de modelos. As monitoras de backstages (ou camarins para os leigos) fazem um trabalho silencioso, mas fundamental para que os desfiles aconteçam dentro do horário previsto (ou pelo menos não atrasem muito). 1n3e2k

Elas controlam se cada uma das profissionais já fez cabelo, maquiagem e manicure para cada grife. Mas não é só: elas têm que ser um pouco como babás. São as monitoras que levam as modelos para fazer xixi, para fumar e garantem que as meninas voltem para se preparar. Tarefa, aliás, que às vezes é difícil. As monitoras contam que não é raro terem que sair à cata de modelos fujonas.

Estudante de produção de moda em São Paulo, Marília Vezza é uma das meninas que tem uma tabelinha nas mãos, com os campos "entrada", "make", "hair" e "unha" e o nome de mais de 20 modelos. Com os olhos atentos, ela observa as meninas enquanto elas são preparadas por maquiadores e hair stylists nos tumultuados camarins. Depois de perguntar o nome das modelos no primeiro dia de evento, não é preciso fazer mais questionamentos. Olhou, checou, ticou a tabela.

Como saber quem é cada modelo, se elas não andam de crachá?

"Essa é a tarefa mais difícil. Quando a modelo chega na sala para se arrumar, eu anoto alguma característica especial ou como está vestida. Como eu estava no São Paulo Fashion Week, já conhecia as modelos de lá e muitas vieram para o Fashion Rio. Já decorei os nomes de várias", disse.

A estudante de moda Dayane Camargo, 22 anos, nunca tinha atuado nesta função e conta que é difícil distinguir cada modelo. "No primeiro dia, perguntei os nomes delas e anotei as características. Mas elas são muito parecidas", diz. Em cada camarim, três monitoras e uma coordenadora controlam a preparação das garotas. Neste Fashion Rio, 12 pessoas têm esse trabalho.

Como babás de crianças pequenas, sobra para as monitoras levar as tops para o banheiro na hora do aperto ou para fumar. "Preciso ir ao banheiro", diz uma modelo na porta do camarim, esperando alguma monitora se prontificar e correr para levá-la ao mesmo sanitário que o público usa. Esta hora também exige atenção redobrada: é neste momento que as modelos podem fugir. "Elas fogem bastante, querem ficar batendo papo com as amigas no salão principal. E temos que achá-las e mandá-las para dentro dos camarins", diz Dayane.

Esse não é a única "esperteza" das meninas, conta Dayane. "Algumas dizem que já fizeram a maquiagem, mas não fizeram. Elas fazem isso para poder sair da sala. E às vezes é difícil saber se elas foram maquiadas de verdade, porque o look pode ser muito básico, sem nada", conta Dayane.

Coordenadora de backstage há seis anos, Florence Macedo escreve sobre moda em uma revista no Canadá e vem para o Brasil especialmente para trabalhar no Fashion Rio e no São Paulo Fashion Week. "Já tive que resgatar uma modelo no lounge do evento, enquanto ela estava bebendo espumante", disse.

<a data-cke-saved-href="http://moda.terra.com.br/fashion-rio/zoom-verao-2015/" href="http://moda.terra.com.br/fashion-rio/zoom-verao-2015/">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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