Cisto no ovário: veja os riscos, diagnóstico e tratamento 4i3n2c
Embora maioria dos casos de cisto do ovário sejam benignos, sintomas como crescimento acelerado e alterações menstruais exigem atenção médica 4t6m15
A maioria das mulheres, em algum momento da vida reprodutiva, terá ou já teve um cisto no ovário. Na imensa maioria dos casos, essas estruturas são benignas e não exigem tratamento invasivo. No entanto, quando crescem, causam dor intensa ou persistem por muitos ciclos menstruais, os cistos podem exigir acompanhamento rigoroso e, em casos específicos, cirurgia. 73404w
Segundo o cirurgião oncológico, especialista em técnicas minimamente invasivas, os cistos ovarianos representam um dos quadros ginecológicos mais comuns nos consultórios e prontos-socorros. "Boa parte deles desaparece espontaneamente, mas o desafio está em identificar os casos que realmente exigem intervenção. E, quando há indicação cirúrgica, o cuidado com a preservação da fertilidade precisa estar no centro da conversa", afirma.
O especialista lembra que o pico de ocorrência dos cistos funcionais se dá entre os 20 e os 40 anos, período em que os ovários estão mais ativos hormonalmente. Em mulheres acima dos 45, o surgimento de cistos exige investigação mais detalhada, por conta da maior associação com alterações pré-malignas ou malignas.
Tipos mais frequentes de cisto no ovário 326o2p
Os cistos ovarianos são classificados de acordo com a sua origem e comportamento. Vieira aponta os três grupos que merecem mais atenção:
- Cistos funcionais: os mais comuns, formados durante o ciclo ovulatório, costumam desaparecer sozinhos em até três meses e, geralmente, não causam sintomas relevantes.
- Endometriomas: relacionados à endometriose, caracterizam-se por conteúdo espesso e escuro, e podem comprometer a fertilidade, por isso exigem acompanhamento especializado.
- Tumores císticos: podem ser benignos ou malignos, mas em geral, apresentam componentes sólidos, septações espessas e crescimento contínuo; devem ser investigados com exames de imagem e, em alguns casos, marcadores tumorais.
"O ultrassom transvaginal com doppler é o exame mais indicado para a análise inicial. Já a ressonância magnética pode ser solicitada quando há dúvida diagnóstica ou planejamento cirúrgico mais complexo", explica o médico.
Quando operar 32k2g
A maioria dos cistos no ovário, mesmo quando volumosos, pode ser apenas observada, desde que a paciente esteja assintomática e os exames indiquem características benignas. No entanto, Vieira orienta que a cirurgia deve ser considerada nas seguintes situações:
- Cistos maiores que 5 cm com persistência após três ciclos menstruais;
- Presença de dor pélvica intensa ou contínua;
- Alterações menstruais associadas a imagem suspeita;
- Cistos com conteúdo sólido, vegetações ou septações irregulares;
- Pacientes acima dos 45 anos com cistos persistentes.
"Não se trata apenas de um número fixo em centímetros. O contexto clínico, os sintomas e a história reprodutiva da paciente são fatores decisivos. O planejamento deve ser individualizado", afirma.
O que perguntar ao médico 1x2a3f
Para as mulheres que recebem a indicação de cirurgia, Vieira recomenda atenção especial aos seguintes pontos durante a conversa com o médico:
- A cirurgia é realmente necessária ou posso ser apenas acompanhada?
- O procedimento será realizado por técnicas minimamente invasivas (laparoscópica ou robótica)?
- Quais medidas serão tomadas para preservar meu ovário?
- Existe risco de perda da fertilidade?
- Que tipo de acompanhamento será necessário após a cirurgia?
"É essencial que a paciente participe da decisão. O procedimento deve respeitar a individualidade, o desejo reprodutivo e a segurança oncológica, quando aplicável", diz o cirurgião. De acordo com ele, a videolaparoscopia é a técnica mais recomendada por permitir melhor visualização da pelve, menor trauma tecidual e recuperação mais rápida.
Como preservar a fertilidade 4m502o
O cirurgião reforça que a principal complicação evitável nas cirurgias para cisto no ovário é a perda de reserva ovariana. "O uso excessivo de cauterização ou a retirada do ovário sem necessidade pode comprometer a capacidade de engravidar. Por isso, o procedimento deve ser feito por equipe treinada em anatomia pélvica e técnicas conservadoras", alerta.