AVC: implantes cerebrais podem reduzir sequelas? Entenda 1z4z
Estudo recente sugere o uso de implantes cerebrais para auxiliar na na recuperação motora de pacientes que sofreram um AVC 6t5v1u
Após um acidente vascular cerebral (AVC), áreas do cérebro podem ser danificadas permanentemente, gerando impactos nas funções cognitivas e motoras. Como consequência, esses fatores afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. No entanto, novos estudos têm indicado algumas possibilidades promissoras de tratamento, como o uso de implantes cerebrais. 6a5d2l
Implantes cerebrais para AVC: como funcionam? 3t612t
Um estudo recente divulgado pela revista científica Nature trouxe a indicação de que o uso de implantes no cerebelo pode ajudar pacientes após um acidente vascular cerebral. Isto é, uma pequena estrutura localizada na parte inferior traseira do cérebro. O objetivo seria a estimulação cerebral profunda, o que pode surtir efeitos positivos na recuperação motora de pacientes que sofreram AVCs.
O estudo avaliou 12 indivíduos com comprometimento, entre 1 e 3 anos, de moderado a grave dos membros superiores obtiveram melhorias de cerca de 15 pontos na Avaliação Fugl-Meyer do Membro Superior após um período entre 20 e 24 meses incluindo tratamento e acompanhamento.
Uma perspectiva promissora 291d3g
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, a abordagem é promissora por usar um mecanismo já conhecido para o tratamento de sequelas do AVC. No entanto, ainda são necessários mais estudos.
"Os eletrodos cerebrais analisados pelo estudo são similares aos que já são utilizados em tratamentos de Parkinson, distonia e tremor essencial. A novidade trazida pelo estudo é a sua utilização no cerebelo para ajudar na recuperação de sequelas AVC", explica.
Para Bruno, os resultados são animadores, mas ainda não são suficientes para que o procedimento integre a prática clínica. "Para isso são necessários estudos mais abrangentes sobre os seus efeitos a longo prazo, a forma ideal da cirurgia, de acompanhamento posterior, indicação, entre outros fatores. Se essa nova estratégia estabelecer-se de fato, poderá fazer a diferença na recuperação de funções perdidas", ressalta o médico.