F1: Lando Norris vence no luxuoso principado de Mônaco 1y154
Lando Norris venceu o luxuoso Grande Prêmio de Mônaco com Charles Leclerc em segundo e Oscar Piastri em terceiro. O caótico GP de Mônaco. 2c5z39
Mônaco sempre será um dos maiores desejos dos pilotos. Depois de conquistar vitórias e sonhar com um título mundial, triunfar nas ruas luxuosas e históricas do Principado é um feito reservado a poucos. E Lando Norris agora faz parte desse seleto grupo: conquistou sua primeira vitória no aclamado circuito de Monte Carlo. 2z2e3z
A primeira volta em Mônaco manteve o padrão caótico que se espera do circuito, mas a largada já foi motivo de alívio para as equipes: todos os pilotos conseguiram ar ilesos pela temida Saint Devote. O único momento de tensão veio com o brasileiro Gabriel Bortoleto. Ele conseguiu ultraar Kimi Antonelli antes do túnel, mas acabou perdendo o controle do carro e provocou uma bandeira amarela. Felizmente, não foi o suficiente para tirá-lo da corrida.
Pierre Gasly abandonou o GP de Mônaco na volta 10 após um incidente com Yuki Tsunoda. O francês acabou acertando a traseira do carro do companheiro de equipe na saída do túnel, ao perder o controle da Alpine na freada para a Nouvelle Chicane. Um erro que já vimos antes no circuito, e que encerrou prematuramente sua corrida. Tsunoda também sofreu danos, mas conseguiu seguir.
O incidente começou ainda na volta anterior, quando Gasly bateu forte na Nouvelle Chicane. Com a roda dianteira visivelmente danificada, ele tentou manobrar o carro de volta aos boxes em vez de abandoná-lo na pista. Bandeiras amarelas foram acionadas e houve preocupação com destroços espalhados.
Com o pit lane reaberto e o regime de bandeiras amarelas encerrado, Max Verstappen aproveitou para pressionar Oscar Piastri na briga pela terceira posição. Em um ritmo forte, o holandês reduziu a diferença para apenas quatro décimos, com os dois a 2,3 segundos de Leclerc e a 4,2s da liderança.
Na volta 20 de 78 em Mônaco, Charles Leclerc assumiu a liderança da corrida após Lando Norris realizar sua parada nos boxes, caindo de posição. Logo em seguida, foi a vez de Oscar Piastri ser chamado pela McLaren, retornando à pista na quarta colocação. Já na volta 22, a Ferrari trouxe Leclerc para os boxes em um pit stop eficiente de 2.0 segundos. Com isso, Max Verstappen assumiu momentaneamente a liderança da prova.
Com 30 voltas restantes, o cenário estratégico permanecia indefinido. Enquanto alguns pilotos já haviam parado duas vezes, outros seguiam em stint único. A liderança seguia com Norris, seguido por Leclerc, ambos com pneus duros. O tráfego intenso e o risco de safety car ainda podiam mudar completamente o panorama da prova.
Gabriel Bortoleto teve um domingo para esquecer. O brasileiro fez três paradas até a volta 37, indicando que a escolha pelos pneus macios foi equivocada. Ele caiu para a 19ª posição e ficou longe da zona de pontuação.
Entre os que se destacaram na estratégia estavam Esteban Ocon (P10) e Isack Hadjar (P7), ambos com duas paradas realizadas. Já Liam Lawson, em oitavo, ainda não havia feito nenhum pit stop, o que colocava sua posição sob risco, especialmente com ordens de equipe entrando em jogo.
Até a volta 34, a McLaren seguia confortável: Norris liderava com 6,5 segundos de vantagem para Leclerc, enquanto Piastri ocupava a terceira posição, mas com Verstappen a apenas 2,1s atrás. Caso Norris parasse novamente, retornaria à pista em quarto lugar — um cenário ainda favorável.
Leclerc enfrentou dificuldades para ultraar retardatários, como Kimi Antonelli, e não escondeu sua frustração pelo rádio: “Isso é uma piada”. Com o tráfego intenso e Sainz segurando o ritmo à frente, o piloto da Ferrari permaneceu mais de cinco segundos atrás de Norris durante várias voltas.
Na volta 39, Fernando Alonso deixou a corrida após seguir reto em uma área de escape, abandonando quando estava na luta por pontos. Pouco antes, fumaça já havia começado a sair da traseira de sua Aston Martin, encerrando qualquer chance de recuperação. O espanhol, visivelmente frustrado, retornou aos boxes a pé. Já são oito corridas sem pontuar — uma sequência dura, mesmo considerando as dificuldades da equipe neste início de temporada.
Na volta 46, a Mercedes já estava sem alternativas. Com Carlos Sainz se distanciando após ser liberado por Albon, os dois carros da equipe alemã permaneciam sem paradas e fora da zona de pontos. Qualquer chance de recuperação parecia depender de um milagre.
Oscar Piastri foi o primeiro dos líderes a parar na volta 49, voltando em quarto lugar após um pit stop mais eficiente do que o anterior. Logo depois, na volta 50, Norris também parou. A McLaren fez um bom trabalho, e Norris retornou à pista atrás de Verstappen, que assumiu momentaneamente a liderança. A Ferrari reagiu rapidamente: Charles Leclerc entrou na mesma volta, com um pit stop de 2.2 segundos e retornando à frente de Piastri — e, mais importante, sem precisar ultraar retardatários como Ocon e Hadjar.
Na volta 51, George Russell ultraou Albon cortando a chicane — o movimento foi rapidamente colocado sob investigação. Ele foi instruído a devolver a posição, mas recusou, dizendo que preferia aceitar a punição. Na volta seguinte, os comissários confirmaram: drive through por sair da pista e ganhar vantagem.
Na sequência Kimi Antonelli repetiu a manobra de Russell, mas sua equipe reagiu de forma mais rápida, ordenando a devolução da posição. No processo, Antonelli quase perdeu posição para Tsunoda. Tudo isso ocorria enquanto Albon, deliberadamente mais lento, criava espaço para que Sainz pudesse fazer seu pit stop. E logo depois coisas pioraram para Russell: além do drive through, ele ainda teria que fazer mais duas paradas obrigatórias. Estava em 10º naquele momento, mas era claro que despencaria na classificação.
Na volta 56, Carlos Sainz completou seu segundo pit stop. A estratégia da Williams de abrir espaço com Albon funcionou bem, mas a presença de Russell entre seus dois carros impediu uma possível inversão de posições. Na volta seguinte, foi a vez de Lewis Hamilton fazer sua segunda parada: colocou pneus médios e retornou em quinto lugar.
Após intensas 78 voltas no apertado circuito de Mônaco — que neste ano contou com a novidade de duas paradas obrigatórias —, Lando Norris cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, conquistando uma vitória histórica nas ruas do Principado. A bandeira quadriculada foi agitada por ninguém menos que Patrick Dempsey, em um encerramento à altura do glamour monegasco.
Norris foi seguido por Max Verstappen, que garantiu o segundo lugar, enquanto o herói local, Charles Leclerc, completou o pódio em terceiro, para delírio dos torcedores nas arquibancadas.
A Fórmula 1 agora parte rumo à Espanha. A próxima etapa da temporada acontece no Circuito de Barcelona-Catalunha, no dia 1º de julho, com largada marcada para as 10h da manhã (horário de Brasília).
