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Inovação 5c1dl

Economia de milhões: produtividade está impulsionando a adoção de inteligência artificial no Brasil 631is

Executivos de empresas como a Amazon Web Services explicam no 'Estadão Summit Tecnologia e Inovação' como a IA tem trazido ganhos tanto para o fornecedor quanto para o cliente 2h2v6o

14 mai 2025 - 14h32
(atualizado em 18/5/2025 às 17h09)
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O uso da inteligência artificial generativa já fez a Amazon Web Services (AWS, plataforma de serviços em nuvem oferecida pela Amazon) poupar R$ 260 milhões e 4,5 mil anos em tempo de desenvolvimento, segundo Luis Liguori, diretor de arquitetura de soluções da empresa. A afirmação foi feita durante o Summit Tecnologia e Inovação, evento realizado pelo Estadão nesta quarta-feira, 14, que reuniu lideranças do setor de tecnologia.

A eficiência foi destacada pelos participantes do "Os negócios impulsionados pela IA como um dos fatores de maior impacto na adoção da tecnologia no Brasil". Segundo Liguori, o impacto afeta não apenas a própria AWS, mas também os clientes que aram a adotar IA generativa. Aplicações que tomavam 40 horas de um cliente hoje tomam 10 minutos.

'À reunião, eu levo só os dados, eu pergunto para a IA, e ela me responde', diz Luis Liguori, da AWS
'À reunião, eu levo só os dados, eu pergunto para a IA, e ela me responde', diz Luis Liguori, da AWS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

"O cliente vai a uma reunião hoje onde eu não preciso mais levar um report, eu levo só os dados, eu pergunto para a IA, e ela me responde", conta.

O setor bancário é outro que vem acompanhando de perto os avanços da IA. Segundo Ivo Mósca, Diretor executivo de inovações, produtos e serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2024, 82% dos bancos estavam testando soluções baseadas em IA generativa, um aumento de 23% em relação a 2024. O setor é um dos pioneiros no uso de IA, que desde 2014 trabalha com chatbots, automações e outras soluções, de acordo com o executivo.

'A gente já detecta 11% de ganho operacional', diz Ivo Mósca, da Febraban
'A gente já detecta 11% de ganho operacional', diz Ivo Mósca, da Febraban
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

"Essas instituições que utilizam a IA generativa dentro de seus processos, a gente já detecta 11% de ganho operacional", relatou Mósca. "E não é onde ela foi aplicada, é em todo o processo. Aproximadamente 40% dessas instituições já têm ganhos superiores a 20% de seus processos."

A evolução na modelagem de crédito e ofertas trouxe ganhos expressivos. Antes, um modelista levava cerca de 15 dias para testar e aprovar um modelo; hoje, isso ocorre em apenas "2 minutos". O novo processo não só identifica "as melhores variáveis" e testa diversas ferramentas, mas também indica "quanto tempo você tem que reviver esse modelo", tornando a análise mais ágil e precisa. Com isso, os benefícios se estendem aos clientes dos bancos, que, com a IA generativa, poderão contar com um gerente 24 horas por dia, segundo Mósca.

"Os bancos estão investindo de maneira massiva. Hoje a gente vê, em termos de tecnologia e inovação, um investimento anual de aproximadamente R$ 50 bilhões no Brasil", afirmou Mósca.

Revoluções silenciosas 1x142f

Roberto Frossard, superintendente de tecnologias emergentes do Itaú Unibanco, destacou a importância do diálogo com a academia, ressaltando que o Intituto de Ciência e Tecnologia do Itaú (ICT) tem mais de 80 pesquisadores e parceria com diversas universidades, incluindo MIT e Stanford, nos EUA.

A capacidade de 'raciocinar' dos modelos mais recentes de IA impressiona Roberto Frossard, do Itaú Unibanco
A capacidade de 'raciocinar' dos modelos mais recentes de IA impressiona Roberto Frossard, do Itaú Unibanco
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

"Desde o momento do ChatGPT até hoje, a gente ou por pelo menos umas três ou quatro revoluções silenciosas", disse Frossard. Para ele, os agentes de IA (sistemas autônomos capazes de resolver problemas e executar tarefas a partir da análise de dados) são uma outra revolução, tal como a capacidade de "raciocinar" dos modelos mais recentes.

Anderson Soares, coordenador científico do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), destacou que, no ramo da saúde, a IA deverá direcionar o setor para práticas mais preventivas do que reativas.

'É um cenário em que você pode entregar mais valor para qualquer tipo de negócio', diz Anderson Soares, da UFG
'É um cenário em que você pode entregar mais valor para qualquer tipo de negócio', diz Anderson Soares, da UFG
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

"Uma lei fundamental é que o preventivo é sempre melhor. E uma das coisas que os dados entregam, e a IA ajuda, é exatamente em análises preditivas", disse Soares. "É um cenário em que você pode entregar mais valor para qualquer tipo de negócio. Qualquer coisa que te dê um retrato do futuro é sempre um ótimo negócio, e na saúde mais ainda."

De acordo com ele, no Brasil ainda "faltam peças" para esse tipo de aplicação, como dados de predisposição genética, mas elas estão começando a surgir.

A adoção de IA nos negócios, contudo, precisa ser cautelosa e seguir alguns os. Para Liguori, não adianta adotar um sistema inteligente sem uma boa fundação de dados. "O dado tem de ser de qualidade, senão vai fazer o seu problema triplicar", alertou, destacando a importância da governança de dados.

Com a mudança de paradigma, as empresas arão a buscar outras qualidades nos profissionais. Segundo Mósca, há uma transição na priorização de "hard skills" para "soft skills" no profissional do futuro. Habilidades essencialmente humanas, como flexibilidade, resiliência e inteligência emocional serão essenciais em um mundo onde a inteligência artificial vem se mostrando muito mais rápida e eficiente que o próprio homem.

Estadão
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