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Taís Araujo fala sobre relação com Raquel em Vale Tudo: 'A gente vê no transporte público' 5dn6m

Em entrevista à Contigo! Novelas, Taís Araujo revelou mais detalhes de seu papel como Raquel no remake de Vale Tudo, novela das nove da Globo 256x5g

16 abr 2025 - 11h18
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Taís Araujo contou como ela se identifica com sua personagem em Vale Tudo
Taís Araujo contou como ela se identifica com sua personagem em Vale Tudo
Foto: Divulgação / Contigo

Com uma personagem emblemática em mãos, Taís Araujo conta o que a fez aceitar o convite para dar vida a Raquel no remake de Vale Tudo. A atriz fala da responsabilidade que é remontar uma novela tão icônica e elogia mudanças na adaptação. "Faz todo sentido a Raquel ser uma mulher negra", afirma em entrevista à Contigo! Novelas.  6b4n26

Você quase não aceitou dar vida a Raquel porque estava querendo uma vilã. Por que mudou de ideia?

"Eu fui pedir uma coisa para o José Luiz Villamarim (diretor de dramaturgia da TV Globo) e ele me veio com a Raquel. Não entendi nada, eu peço uma vilã e ele me entrega a maior heroína de todos os tempos? Eu já tinha assistido Vale Tudo, mas quando fui rever o primeiro capítulo pensei: 'Meu Deus, eu não posso perder essa oportunidade!' Porque essa personagem é genial. Ela tem uma jornada do herói, uma escalada, é muito bem escrita. Eu poderia dizer que é quase a personagem perfeita em termos de dramaturgia, de desenho, de arco. E aí liguei para o José e para a Manu (Manuela Dias, autora do remake), porque tinha encontrado ela uns dias antes, ela tinha comentado de Vale Tudo e eu falei que não tinha personagem para mim, porque estava velha para a Maria de Fátima e nova para a Odete. Depois percebi que fui muito burra e falei que queria fazer sim (risos)".

Você procurou a Regina Duarte, que interpretou a personagem na primeira versão?

"A Regina falou de forma muito gentil de mim, em muitos lugares. Eu mandei uma mensagem agradecendo a gentileza dela e ela mandou outra mensagem super gentil. Ela fez essa personagem de uma forma muito icônica, mesmo".

E tem um peso fazer uma personagem tão marcante de uma novela tão emblemática?

"Por incrível que pareça, eu não entendo a palavra como peso. Claro, tem uma grande responsabilidade, é uma novela que está no imaginário, no inconsciente de todos nós, até de quem não viu ela está no inconsciente, porque as pessoas falam, as pessoas estão assistindo muito no Globoplay, então acaba que constrói um novo público também. Claro que é uma responsabilidade imensa, eu sou atriz que faz muita novela e essa é a novela das novelas. Mas tem uma honra tão grande. Ela não sobrepõe responsabilidade, tá? Acho que a honra e responsabilidade estão lado a lado, mas tem uma honra que é muito gigantesca, eu fico muito feliz".

Mas teme comparações?

"Acho que isso vai acontecer em qualquer remake que for feito. Eu já fiz acho que três ou quatro novelas das 21h e talvez essa seja a que esteja sendo mais leve, apesar de todo o buzz e expectativa. Tem uma leveza entre nós porque tem um desejo muito grande de contar essa história. Ninguém está aqui por acaso. E eu acho que a maneira como o Paulinho (Silvestrini, diretor artístico da novela) e a Manu trouxeram para a gente essa coisa da remontagem mudou minha perspectiva".

Como é isso?

"A gente está remontando, a gente não está refazendo. E as remontagens tem as nossas identidades, nossos pensamentos, nossas críticas. A novela é a mesma, mas não é a mesma, porque ela é feita por outras pessoas, então ela deixa de ser a mesma. Ela é e não é. Mas a espinha dorsal é a mesma, é a história de uma mãe com uma filha, é a história de uma guerra de classes também, além de muitas outras histórias dentro dessa central. Acho que comparação sempre vai ter, mesmo com coisas tão distintas, porque também a experiência de uma mulher preta é muito diferente da experiência de uma mulher branca no mundo. Se partir daí, a gente já vai ter uma outra história, sabe? Mas está tudo muito gostoso de fazer".

E como essas vivências diferentes se enquadram nesse remake?

"É engraçado, porque quando leio o texto, faz todo sentido a Raquel ser uma mulher negra. E aí quando penso que a gente tem uma Odete Roitman (Debora Bloch), que seria a mulher que está no topo da pirâmide, faz muito sentido a gente ter a opositora dela, o outro lado, ser as mulheres se constroem esse país, que são a base dessa pirâmide. Agora, com essa nova leitura, a gente vai ampliar o olhar sobre o Brasil. Acho que a novela traz essa nova chance".

Se identifica com a Raquel de alguma forma?

"Eu me identifico com a Raquel em muitos lugares. Na vontade de trabalhar, acho que quem opera a mesa de sentimento da Raquel é a alegria, é isso que leva ela para frente e acho que a minha também. Acho que a gente tem algumas similaridades. Mas o meu desejo era fazer uma mulher que a gente reconhecesse, sabe? Essas que a gente tem na nossa família, que a gente vê na rua, que a gente vê no transporte público, uma mulher que fosse palpável, verdadeira. Acho ela muito aguerrida, muito firme".

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