Anvisa proíbe venda de 3 marcas de 'café fake' 5ui6r
Produtos continham matéria-prima imprópria para o consumo humano 30724u
Anvisa proibiu a venda de três marcas de "café fake" por conter matéria-prima imprópria para consumo humano, alegando contaminação por ocratoxina A e rótulos que induzem ao erro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de três marcas de "café fake" que continham matéria prima imprópria para consumo humano. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2. 4e255e
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Segundo a agência, análises do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostraram que os produtos das três marcas estavam contaminados com ocratoxina A, uma toxicina danosa aos rins. Além disso, foram encontradas outras matérias estranhas e impurezas.
A descrição dos produtos também estaria induzindo o consumidor ao erro. De acordo com a Anvisa, as marcas diziam que o café vendido era feito com "polpa de café e café torrado e moído, mas constituindo-se de café arábica grão cru submetido à torra", que seria inferior.
Os produtos também eram vendidos como "pó para o preparo de bebida sabor café". Para a Anvisa, "a denominação constante no rótulo pode causar erro e confusão em relação à natureza do produto, uma vez que esse deve ser enquadrado como café".
"Também foi verificada a contaminação no produto acabado, indicando falhas nas boas práticas de fabricação no processo de seleção de matérias primas, de produção e de controle de qualidade do produto acabado", diz a agência na descrição do que motivou a proibição das três marcas.
Veja quais são os produtos proibidos pela Anvisa: 32g4p
- Pó para o preparo de bebida sabor café da empresa Master Blends (CNPJ: 71993380000150);
- Pó para preparo de bebidas sabor café tradicional da marca Melissa, produzida pela D M Alimentos (CNPJ: 05480948000105);
- Pó para preparo de bebidas sabor café preto da marca Pingo Preto, produzido pela Jurerê Caffe Comércio de Alimentos (CNPJ: 00214257000146).
O Terra entrou em contato com as três empresas vinculadas às marcas, em busca de um posicionamento sobre a proibição, mas obteve retorno apenas da Jurerê Caffe, responsável pela marca Pingo Preto.
Em nota, a empresa disse ter encerrado a fabricação deste produto em janeiro deste ano, e que ele tratava-se de uma mistura para preparo de bebidas regulamentado pela Anvisa, e não café torrado e moído. Os lotes remanescentes também já foram retirados do mercado.
"O seu projeto de pesquisa e desenvolvimento foi acompanhado pela Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina, onde foram validados todos os ingredientes, rótulos e enquadramento legal com este órgão, conforme os documentos comprobatórios arquivados no processo de qualidade da empresa. Os mesmos documentos foram apresentados ao Mapa", afirmou o grupo.
"O Grupo Jurerê sempre manteve e manterá um relacionamento harmonioso com os Órgãos Reguladores Governamentais e devido ao produto já ter saído de linha no início do ano de 2025, no momento trabalhamos única e exclusivamente nos esclarecimentos junto aos Órgão Notificantes, demonstrando todo o processo de P&D envolvido no produto e seu enquadramento legal. Não vemos justificativas no momento para recorrer sendo que o produto já não é mais comercializado", disse a nota.