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Aumento do IOF atinge maioria dos brasileiros e agrava desigualdade 6z1i31

24 mai 2025 - 14h21
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Resumo
O aumento do IOF anunciado pelo governo brasileiro impacta operações de crédito e consumo no exterior, agravando desafios econômicos como insegurança regulatória, alta carga tributária e redução de atratividade para investimentos.
Aumento do IOF atinge maioria dos brasileiros e agrava desigualdade:

O Ministério da Fazenda anunciou, na última quinta-feira (22), o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Entre as mudanças, destaca-se a nova alíquota de 3,5% para operações com cartão de crédito, débito e pré-pagos internacionais, além da compra de moeda estrangeira em espécie. A medida, que já está em vigor, deve impactar diretamente o consumo de brasileiros no exterior e as vendas de e-commerces internacionais para o país. 4i3l5c

A expectativa do governo é arrecadar mais R$ 20,5 bilhões em 2025, mas especialistas alertam para os riscos de instabilidade regulatória e impactos na competitividade empresarial.

Embora tenha revogado o aumento do IOF para aplicações de fundos nacionais no exterior — após repercussão negativa do mercado —, o restante do pacote segue válido e exige revisão estratégica por parte das empresas. 

 "Em vez de elevar impostos, o governo deveria focar na revisão de gastos, corte de subsídios ineficientes e avanço em reformas estruturais. Isso atenderia melhor às expectativas dos investidores e ajudaria a sustentar o crescimento com responsabilidade fiscal. A confiança do mercado depende mais de previsibilidade e eficiência do que de aumento de arrecadação via impostos”, disse Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

“O aumento do IOF encarece substancialmente as operações de crédito realizadas via bancos. Isso atinge em cheio as empresas que dependem de capital de giro, tornando menos viável antecipar recebíveis ou financiar a operação. O resultado é menos dinheiro em caixa e maior dificuldade para planejar e crescer, justamente em um ambiente onde os juros já são altos e a previsibilidade econômica é baixa. Uma alternativa são as operações via FIDCs que são isentas de IOF. Para o investidor, medidas como essa geram ruído fiscal e reduzem a atratividade do país. A elevação da carga tributária transmite a mensagem de que o governo busca soluções fáceis e de curto prazo, em vez de atacar a raiz do desequilíbrio. Isso reduz a confiança no ambiente macroeconômico, encarece o custo do capital e dificulta a atração de investimentos de longo prazo. O ajuste fiscal precisa vir do lado da despesa. Revisão de gastos obrigatórios, redução de renúncias fiscais ineficientes e aumento da eficiência da máquina pública são caminhos mais sustentáveis. Quando o governo sinaliza compromisso com controle e qualidade do gasto, transmite responsabilidade, e é isso que o mercado quer ver”, completa Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

"Para equilibrar as contas públicas, só existem dois caminhos: reduzir despesas ou aumentar a arrecadação. Infelizmente, o governo tem optado por ampliar os gastos com políticas de apelo populista, transferindo a conta para quem produz e investe. O problema é que essa lógica compromete justamente a engrenagem que sustenta a economia. Ao pressionar o setor produtivo com novas cargas, o Estado reduz não só a capacidade, mas também a disposição de empresários e investidores de continuar apostando no Brasil", lamenta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.

"As medidas anunciadas afetam diretamente o ecossistema de investimentos e o empreendedorismo. Tributando mais o crédito e os planos de previdência, o governo desestimula a formação de poupança interna e encarece o crescimento das empresas. Mesmo sob a justificativa do governo Lula de que se trata de uma recomposição de receitas, o efeito prático é o aumento da carga sobre o setor produtivo. Precisamos de políticas que impulsionem o capital de risco, a inovação e a competitividade, não de medidas que encurtam o horizonte de planejamento e geram insegurança regulatória. Crescimento exige visão de longo prazo e segurança jurídica”, reclama João Kepler, CEO da Equity Group.

"Subir impostos sobre crédito e previdência é caminhar na contramão da Nova Economia. A narrativa de recompor receitas não ameniza o impacto de medidas que travam o planejamento de empresas e famílias. O país precisa de um Estado mais eficiente e menos extrativo, que estimule educação financeira, inovação e empreendedorismo. Só assim será possível atrair capital de longo prazo e crescer de forma sustentável, sem comprometer a saúde fiscal nem a capacidade de investimento do setor privado”, finaliza Theo Braga, CEO da SME The New Economy.

Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.

(*) André Forastieri é jornalista, empreendedor, Top Voice LinkedIn e fundador da plataforma Homework. Se você curtiu esse vídeo e quer receber conteúdos exclusivos, assine sua newsletter aqui, é grátis: andreforastieri.com.br.

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