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'Ladrão' entrou no INSS entre 2019 e 2022 com fim de revalidação de descontos, diz ministro 17610

Wolney Queiroz afirma no Senado que empresas '100% fraudulentas se sentiram livres para ar uma enormidade de descontos não autorizados' após medida do governo Bolsonaro 4o1f4e

15 mai 2025 - 12h32
(atualizado às 12h38)
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Resumo
Ministro da Previdência Wolney Queiroz acusa medida durante período do governo Bolsonaro (2019-2022) de facilitar fraude no INSS, enquanto defende ações do atual governo para combater irregularidades e ressarcir aposentados.
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, afirmou nesta quinta-feira, 15, que as empresas investigadas na Operação Sem Desconto — que apura as fraudes bilionárias no INSS — se estabeleceram após o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, acabar com a revalidação dos descontos em benefícios. Segundo Wolney, a partir daí as empresas "100% fraudulentas se sentiram livres para ar uma enormidade de descontos não autorizados". 31521t

"Nesse interregno, entre 2019 e 2022, que o ladrão entra na casa. Por que eu digo que o ladrão entra na casa? Porque o fim da revalidação e a expectativa anterior que houvesse a revalidação, fez com que cerca de 11 empresas novas se credenciassem no INSS. Essas empresas que agora descobrimos que eram 100% fraudulentas. A maior parte delas se estabeleceu nesse período. Nesse período, elas se estabeleceram, alcançaram o credenciamento, que é o Acordo de Cooperação Técnica com o INSS, e começaram a operar", relatou.

Como mostrou o Estadão, o ministro assinou uma proposta quando era deputado federal, em 2021, que adiou o prazo de fiscalização do desconto de mensalidades de associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. A medida foi levada à Câmara por duas associações agora suspeitas de fraudar e efetuar as cobranças indevidamente. Procurado pela reportagem, ele não comentou.

Fraude no INSS: ministro da Previdência e Sergio Moro discutem durante audiência:

Após implicar o governo Jair Bolsonaro nas fraudes, Wolney destacou que "foi um órgão do governo (a Controladoria-Geral da União) que mandou chamar a polícia para apurar o saque que estava acontecendo das associações fraudulentas no bolso dos aposentados e pensionistas".

"Houve uma resposta firme do governo, deflagrando a operação sem desconto pela Polícia Federal e CGU em abril de 2025, mostrando uma tolerância zero. O governo agiu prontamente para identificar os responsáveis e proteger os beneficiários", ressaltou, destacando medidas como a suspensão imediata e o bloqueio total dos descontos.

O ministro deu ênfase, por exemplo, ao bloqueio de R$ 2,56 bi para início do ressarcimento a aposentados — valores que foram bloqueados preventivamente pelo INSS e devem ser devolvidos para os beneficiários em breve. Segundo Wolney, a "fraude no INSS não começou agora, mas terminou neste governo" e haverá punição aos envolvidos na fraude.

Mais 9 milhões de beneficiários foram notificados sobre descontos indevidos:

O ministro da Previdência participa de sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado para prestar informações sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido de audiência foi feito pelos senadores Sergio Moro (União-PR), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO)

Estadão
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