Revelação brasileira vê Mundial como ‘divisor de águas’ e quer ser algoz do Flu em clássico particular t4u1u
Arthur Sales, de 22 anos, é peça importante no Mamelodi Sundowns, da África do Sul 576655
Arthur Sales, atacante brasileiro revelado pelo Vasco, considera o Mundial de Clubes uma grande oportunidade em sua carreira e projeta o confronto contra o Fluminense como um clássico, destacando sua boa fase no Mamelodi Sundowns, da África do Sul.
O Brasil terá representantes além de Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo no Mundial de Clubes. Claro que não será com a entrada de novos times, mas, sim, com a presença de jogadores brasileiros em equipes de fora do País. Um desses é Arthur Sales, revelado pelo Vasco da Gama e, atualmente, atacante do Mamelodi Sundowns, da África do Sul. 6s4xx
A chegada do jovem de 22 anos ao clube sul-africano aconteceu em julho de 2024, motivada justamente pela participação no torneio internacional em formato inédito. Quando recebeu a proposta, o camisa 9 defendia o Lommel SK, da Bélgica.
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Agora, Arthur quer aproveitar o momento e ajudar o Mamelodi a apresentar o futebol sul-africano ao mundo. Com 13 títulos, a equipe é recordista de troféus da liga nacional e tem o 14º bem encaminhado, muito graças às 13 participações em gols do brasileiro na competição. Em 16 jogos, são cinco bolas na rede e oito assistências.
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“A gente quer ser bastante competitivo e mostrar a cultura da África do Sul. O quanto o futebol [sul-africano] tem qualidade. É difícil falar: ‘ah, vamos classificar, vamos ar para a próxima fase’. Porque é futebol. No futebol, as coisas acontecem. Mas estou bem esperançoso”, conta ele em entrevista ao Terra.
Nos Estados Unidos, o atacante revelado pelo Vasco vai reencontrar um velho conhecido: o Fluminense. Foram apenas seis jogos pelo profissional do cruzmaltino, ainda assim o jogador viveu de perto a rivalidade nas categorias de base e terá seu clássico particular no Mundial.
“Será um jogo diferente. Será um bom, talvez, para um clássico, sabe? Claro que a gente está usando outra camisa. Mas, quando você cresce, vai criando o seu caminho. As coisas que estão no seu caminho, você leva para a vida. Eu acho que vai ser um clássico. Vai ser um jogo muito legal. Vai ser bem importante ter a experiência de jogar várias vezes contra o Fluminense. E explicar o que é o Fluminense. Mostrar que aqui tem uma pessoa que conhece eles”, explica ao ser questionado sobre o jogo marcado para o dia 25 de junho.
Por enquanto, os jogadores e a comissão técnica do Mamelodi mantêm o foco na reta final do Campeonato Sul-Africano e na decisão da Liga dos Campeões da África, contra o Pyramids, do Egito. Na competição continental, o time do atacante, inclusive, eliminou o Espérance, da Tunísia, e o Al Ahly, do Egito, que também estarão no Mundial.
Quando estiver mais próximo da competição, Arthur sabe que seu ado pode ser uma ‘arma’ para o time. Ele garante que tem muito a contribuir com dicas e conselhos sobre o Fluminense.
Além da equipe brasileira e do Mamelodi, o Grupo F do Mundial de Clubes conta com Borussia Dortmund, da Alemanha, e Ulsan HD, da Coreia do Sul. Embora as estratégias específicas para cada partida sejam pensadas somente após o término das competições atuais, o time de Arthur Sales tem um modelo de jogo bem definido: o de posse de bola.
“A gente é um time que tem muita posse de bola, a gente é um time bem dominante. Mas não é só dentro da liga aqui, até na Champions League mesmo, a gente é um time que domina, que gosta de ter a bola. Acho que, quando a gente não tem a bola, a gente sofre um pouco. A gente não sabe não ter a bola”, destaca ao falar dos 'The Brazilians', como a equipe é apelidada devido ao uniforme amarelo.
Apesar de o time em que joga ser bastante ofensivo e gostar da posse de bola, o brasileiro enxerga as outras equipes sul-africanas com um futebol mais defensivo, de contra-ataques e com um jogo bastante físico.
E quem acompanha a boa fase do brasileiro no Mamelodi nem imagina os perrengues vividos pelo atacante em um ano que ele mesmo define como “difícil e aleatório”. Arthur sofreu duas lesões e precisou vencer o processo de adaptação dentro de campo. Mas, agora, se diz preparadíssimo para o mundial e reconhece que a competição pode ser seu cartão de boas-vindas ao futebol brasileiro e de todo o mundo.
“É um campeonato muito midiático. Ainda mais para um jovem de 22 anos. Eu acho que pode ser um divisor de águas para mim. É uma grande oportunidade. Eu acho que não vou fechar essas aspas só para o torcedor brasileiro me conhecer, mas para todo mundo também. Mas é bastante importante o torcedor do Brasil saber que tem um jogador brasileiro aqui na África, representando o Brasil”, completa.
Antes de chegar ao Mamelodi, Arthur Sales ou por Vasco - onde foi revelado -, Paços de Ferreira, de Portugal, Bahia e Lommel SK, da Bélgica. Fora das quatro linhas, Arthur diz ter se surpreendido com a facilidade com que se adaptou e, hoje, até recomenda que mais pessoas visitem a África do Sul.
“Se fosse pra falar alguma coisa pras pessoas, eu diria pra conhecer a África do Sul. É um país superestruturado, de shopping, de safari, de cultura, de aprender. É bem legal, é um país bem legal. E eu tô bem feliz de conhecer, de estar morando na África do Sul”.
