WSL: corte de classificação é cruel com alguns, mas justo para a maioria 3h254y
O drama do corte de pontos da WSL está tomando forma durante a etapa em Margaret River. O evento na Austrália marca a última chance para os atletas sobreviverem à primeira parte da temporada. Além disso, divide a liga entre quem avança para disputar a elite em Trestles e quem é rebaixado para iniciar a […] 6g153n
O drama do corte de pontos da WSL está tomando forma durante a etapa em Margaret River. O evento na Austrália marca a última chance para os atletas sobreviverem à primeira parte da temporada. Além disso, divide a liga entre quem avança para disputar a elite em Trestles e quem é rebaixado para iniciar a lutar pelo retorno ao CT na etapa do CS em Newcastle. 186w1q
O evento em Margaret está off até a quinta-feira (22), que terá a disputa das últimas baterias de quartas de final em diante para os homens e oitavas até a decisão para as mulheres. O cronograma deve ser dividido em duas datas, já que a liga tem até o dia 26 (no Brasil) para finalizar a etapa. Neste momento, dois surfistas brigam pela última vaga da categoria masculina.
Alejo Muniz, já eliminado na Austrália, torce contra Imaikalani deVault. O havaiano só sobrevive ao corte em caso de título e, assim, tiraria o brasileiro da 22ª colocação. É improvável que o jovem consiga este feito, então a possibilidade de Alejo se garantir na elite é grande.
O corte gera muitas críticas por parte dos fãs e também não agrada a todos que entram na água. Por outro lado, a mudança no regulamento para a temporada 2025 permite a WSL considerar correta a decisão de eliminar parte dos competidores. Com sete etapas válidas até a separação entre quem sobrevive e quem cai, é inegável analisar que cada atleta tem chances suficientes para somar pontos necessários e garantir a classificação.
O desempenho de quem fica abaixo da linha é, na maioria das vezes, consideravelmente pior do que aqueles atletas que sobrevivem. Recortando o ranking de 2025, Matthew McGillivray e Liam O'Brien ocupam a 23ª e 24ª posições, respectivamente. Ambos bateram na trave da elite e estão rebaixados ao Challenger Series. Abaixo deles, a disparidade do desempenho apresentado por quem também caiu é considerável.
Apesar de alguns resultados positivos pontuais — como o terceiro lugar de Ian Gouveia em Pipeline e as quartas de final alcançadas atualmente por Imaikalani deVault em Margaret River —, os surfistas rebaixados têm, em sua maioria, como melhores desempenhos eliminações nas oitavas de final. Com isso, não há justificativa para mantê-los no restante do calendário da elite da WSL. Antigamente, o rebaixamento era definido ao término da temporada e muitos surfistas chegavam na reta final do ano sem nenhuma expectativa de classificação.
Agora, a "limpa" feita pela WSL traz um aspecto de emoção ainda maior a partir da etapa em Trestles. Quem sobrevive luta também por vaga no Finals e o número de coadjuvantes na parte decisiva da temporada diminui. Por outro lado, os rebaixados recebem uma segunda chance imediatamente, já que se garantem na etapa do Challenger em Newcastle e podem tentar retornar à elite poucos meses após a queda.
A comparação entre 2024 e 2025 ajuda a entender os desafios da WSL. Ian Gouveia e Samuel Pupo lideraram o CS da temporada ada e foram rebaixados do CT na atual edição. Além disso, seis dos dez homens que se classificaram via divisão de o caíram imediatamente após a chegada à elite. O caso de Pupo é ainda mais dramático, já que o brasileiro acumulou sua terceira queda consecutiva da primeira divisão e vai voltar ao Challenger para lutar pela quarta chance de disputar uma temporada inteira na elite.
O formato da WSL em 2025 praticamente garante que os surfistas que avançam para o pós-corte o façam por mérito. Consequentemente, aqueles que são rebaixados o são, em grande parte, por desempenho insuficiente ao longo da temporada.