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Lunar Remastered Collection celebra o ado, mas carrega barreiras antigas 403o2y

Coletânea traz versões completas e refinadas dos RPGs clássicos, mas ausência de localização em português ainda pesa 4d4fd

19 mai 2025 - 14h00
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Lunar Remastered Collection celebra o ado, mas carrega barreiras antigas
Lunar Remastered Collection celebra o ado, mas carrega barreiras antigas
Foto: Reprodução / GungHo Online Entertainment,Inc.

Nos anos 90, Lunar: Silver Star Story e Lunar 2: Eternal Blue ganharam destaque entre os RPGs japoneses por unir narrativa envolvente, personagens marcantes e uma apresentação que se destacava no hardware da época. Mesmo sem o alcance de franquias maiores, os jogos conquistaram um público fiel e se tornaram cultuados entre fãs do gênero. 6z6lx

Décadas depois, a chegada de Lunar Remastered Collection busca reacender esse legado para uma nova leva de jogadores. A proposta de atualizar dois clássicos sem comprometer sua essência é ambiciosa — e também um teste de como experiências tão ligadas ao contexto original resistem ao tempo.

Dois clássicos em um pacote  x2i2x

Em Lunar: Silver Star Story, acompanhamos a jornada de Alex Noa, um jovem rapaz da vila de Burg. Seu desejo é se tornar um aventureiro lendário, e, naquele universo, os aventureiros mais renomados são chamados de Mestres dos Dragões. Após concluir seu primeiro teste ao lado de seus amigos Ramus, Nall e Luna, o grupo parte para a cidade de Meribia. Nessa nova etapa da jornada, os amigos acabam se envolvendo em uma trama maior, o perigo iminente representado por Ghaleon, conhecido como o Imperador Mágico, que ameaça todos os reinos. Alex, seus companheiros e outros aliados que se juntam ao grupo, como Kyle e Mia, partem em busca de deter os planos malignos do vilão.

Já em Lunar 2: Eternal Blue, sequência direta de Silver Star Story, a trama se a mil anos após os eventos do primeiro título. Controlamos Hiro, que vive no deserto de Salyan com seu avô e Ruby, um pequeno dragão que o acompanha. Certo dia, Hiro conhece Lucia, uma misteriosa garota que tem como missão pessoal deter Zophar, uma espécie de deus ancestral daquele universo. O único meio que Lucia conhece para vencer essa entidade é encontrando a Deusa Althena. Com isso, nosso protagonista parte ao lado dela em uma aventura de grande escala, onde o destino de muitos está em jogo.

Esses dois jogos têm uma trama e personagens muito interessantes. A história, mesmo atualmente, continua envolvente. A variedade de cenários e a trilha sonora, que recebeu toques atualizados na coletânea, também são memoráveis. No entanto, a exigência de fluência em inglês pode acabar afastando parte do público brasileiro. O jogo, tradicionalmente, não apresenta marcadores que indiquem para onde devemos ir, sendo necessário prestar atenção nas falas dos personagens, que muitas vezes dão dicas importantes sobre o próximo destino. Como o título está totalmente em inglês e nem mesmo conta com uma opção em espanhol, a ausência de localização para o nosso idioma pesa bastante.

Primeiro encontro do Alex com um dragão
Primeiro encontro do Alex com um dragão
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Ambas as versões presentes nesta coletânea são as do PlayStation 1, intituladas com Complete no final do nome. Para quem não sabe, originalmente os dois Lunar foram lançados primeiro para o Sega CD. Anos depois, receberam versões para o Sega Saturn e, por fim, para o PlayStation 1. As edições para esses consoles são consideradas remakes, com a história expandida em ambas, além da adição de novos diálogos e cenas em estilo anime.

Um dos grandes destaques do título na época foram suas animações, inspiradas nos melhores animes japoneses daquele período. O estilo artístico lembra bastante o popular Evangelion e outros sucessos da mesma geração. Essas cenas aparecem em momentos-chave da história ou ao interagir com certos personagens. Décadas se aram, e essas animações continuam impressionantes. Na coletânea, elas receberam melhorias na qualidade do vídeo em comparação com o original, mas ainda rodam no formato 4:3, enquanto o restante está em 16:9. 

Melhorias da coletânea 56n3v

Como de costume, o combate aqui segue o tradicional sistema por turnos. Entre as melhorias implementadas, destaca-se o gerenciamento dos companheiros. Agora todos os personagens compartilham um inventário, o que facilita a organização de equipamentos e armas para cada um.

Além disso, o combate automático está mais eficiente do que nunca. É possível definir o comportamento de cada aliado durante as lutas, como deixar a Luna focada apenas em curar, enquanto Alex assume os ataques corpo a corpo. Deixar a IA agir sozinha é uma opção bastante funcional, e o sistema ainda permite acelerar as batalhas, o que é especialmente útil durante a exploração de cavernas repletas de inimigos — o que antes levava minutos agora pode ser resolvido em questão de segundos.

A direção de arte dos cenários continua bem feita
A direção de arte dos cenários continua bem feita
Foto: Reprodução / Matheus Santana

A dinâmica dos combates continua funcional. Dificilmente sistemas de turnos dessa época envelhecem mal, e aqui a qualidade foi preservada. As opções de ação durante as lutas podem parecer um pouco confusas no início, já que o menu é bastante minimalista, mas com o tempo isso deixa de ser um problema.

Graficamente, os dois títulos estão muito bonitos. As atualizações visuais trouxeram mais vida aos cenários e ao design dos personagens, sem perder o charme da era clássica. Outro destaque são os retratos que aparecem durante os diálogos — boa parte deles recebeu artes atualizadas. Essa sempre foi uma das marcas da franquia. Os retratos variam conforme o estado emocional dos personagens, e aqui essa característica está em seu auge.

A coletânea também oferece o Classic Mode, voltado para quem deseja reviver a experiência original, sem as melhorias visuais e de sistema. Nessa opção, os dois títulos rodam com resolução mais baixa e bordas nas laterais da tela, além de utilizar fontes e cenas com qualidade reduzida. Ainda assim, é uma adição bem-vinda para agradar os fãs mais antigos que acompanham a franquia há décadas.

Considerações 5d506d

Lunar Remastered Collection - Nota 8,5
Lunar Remastered Collection - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Lunar Remastered Collection entrega duas histórias marcantes com sistemas de combate que seguem funcionais e uma apresentação visual repaginada, sem perder a essência da era 32-bits. As melhorias de qualidade de vida, como o inventário compartilhado e a automação dos combates, modernizam bem a experiência sem quebrar o ritmo original.

Ainda assim, a ausência de localização para português pesa contra na ibilidade para muitos jogadores brasileiros, especialmente em um jogo que exige atenção aos diálogos para avançar. A coletânea é um presente para os fãs da época, mas ainda poderia fazer mais para alcançar um novo público.

Lunar Remastered Collection está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, Xbox One e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no Xbox Series S, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela ID@Xbox.

Fonte: Game On
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