Jogamos: Galactic Glitch é um Geometry Wars com alma própria 1p6s1q
Uma viagem pelo espaço que mistura nostalgia e inovação com tiro, porrada e gravidade invertida. 27533w
Sabe aquele momento em que você liga um jogo novo e, no meio da ação frenética, bate aquela sensação de “eu já vivi isso antes, mas de um jeito diferente”? Pois é. Foi exatamente isso que senti jogando Galactic Glitch, o novo twin-stick shooter roguelike da Crunchy Leaf Games, que chegou em o antecipado no Steam. 502d1u
Se você cresceu jogando Geometry Wars, ou for mais velhinho como eu — e talvez tenha dado umas voltinhas em Sub-Terrania no Mega Drive, lá nos anos 90 — então prepare o coração, porque Galactic Glitch acerta bem no meio da nostalgia, mas sem viver só de ado. Ele traz um charme próprio que me deixou grudado na tela mais do que eu esperava.
Pega essa gravidade, parceiro
Aqui, o negócio é o seguinte: controlar uma nave que atira pra todo lado, como manda o figurino, mas com um detalhe que muda tudo: você também pode manipular objetos do cenário com uma “grav gun”. Isso significa que, além de desviar de tiros e explodir inimigos, você pode puxar pedaços de asteroides, bombas e até projéteis perdidos e devolver tudo com estilo. É tipo telecinese espacial, e sim, é tão divertido quanto parece.
Essa mecânica de física dá uma cara nova ao combate, que vai além do dedo nervoso no gatilho. Você começa a pensar em como usar o ambiente ao seu favor. E quando tudo começa a se mover em perfeita desordem, você sente aquele caos controlado que só os bons shooters conseguem entregar.
Visual retrô, alma moderna
Esteticamente, o jogo é puro carinho pra quem curte o visual retrô-futurista. As cores vibram como aqueles monitores antigos de arcade, e a trilha sonora eletrônica encaixa como uma luva na vibe cósmica do jogo. É aquele tipo de experiência audiovisual que não tenta ser realista — e ainda bem por isso.
A ambientação me lembrou também uma mistura de Tron com aquele clima misterioso do Sub-Terrania do Megão. É uma jornada solitária entre ruínas flutuantes, ondas de inimigos e muita explosão colorida. E tudo isso com um ritmo que te faz perder a noção do tempo (sim, fui jogar “só uma partidinha” e quando vi já era madrugada).
Progresso roguelike na medida
Galactic Glitch é roguelike do tipo que valoriza a tentativa e erro. Nada de partidas iguais: os poderes são desbloqueados aleatoriamente, as armas também, e você pode montar sua build preferida conforme avança. Tem mais de 50 habilidades e 20 armas no jogo, e cada uma muda totalmente sua forma de jogar.
Você pode ser aquele piloto que atrai tudo com a grav gun e explode geral com mísseis de fragmentação, ou virar um ninja da velocidade, desviando de tudo com lasers e escudos. A escolha é sua, e o jogo te dá espaço pra experimentar sem punições exageradas.
Ainda tem chão pra polir, mas vale demais
Claro, como todo o antecipado, o jogo ainda tem o que melhorar. Senti falta de uma variedade maior nos tipos de salas e eventos, e algumas runs pareciam um pouco repetitivas. Mas nada que tire o brilho do que já está ali. A galera da Crunchy Leaf Games parece bem atenta ao da comunidade, e isso sempre é um bom sinal.
No Steam, o jogo já tem mais de 90% de aprovação com selo de “Muito Positivo”, e não é à toa. A física, a ação constante, e o visual bem cuidado mostram que tem muito carinho no desenvolvimento.
Vale a pena? Pode apostar que sim.
Se você curte jogos que misturam habilidade, estratégia e um monte de explosões coloridas, Galactic Glitch é um prato cheio. Ele honra os clássicos, mas também sabe andar com as próprias pernas. E mais: é o tipo de jogo que dá vontade de recomendar pra todo mundo que curte uma boa sessão de arcade moderno no PC.
Por R$ 47 no o antecipado e lançamento marcado para 17 de julho de 2025, ele já entrega bastante conteúdo e tem potencial de crescer ainda mais. Fica a dica: joga, se diverte e ajude os devs a lapidar essa pérola cósmica.