Anestesista que abusou de mulheres durante o parto é condenado 465v6o
Giovanni Quintella Bezerra, anestesista que abusou de mulheres durante o trabalho de parto é condenado na Justiça 1t546
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por dois crimes de estupro de vulnerável, segundo decisão da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Os casos ocorreram em julho de 2022, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, e chocaram o país pela brutalidade e frieza com que os abusos foram cometidos durante procedimentos de parto. 1v773
Durante um dos atendimentos, o anestesista foi flagrado violentando uma paciente sedada na mesa de cirurgia. O crime só foi descoberto graças à iniciativa de integrantes da equipe médica, que, desconfiados da conduta do médico em uma cesariana anterior, esconderam um celular dentro de um armário do centro cirúrgico para registrar a cena do parto seguinte. A gravação revelou o abuso em tempo real e permitiu que ele fosse preso em flagrante logo após o procedimento.
Ainda de acordo com as investigações, Giovanni havia abusado de uma outra mulher momentos antes de ser filmado. A suspeita da equipe surgiu justamente pelas atitudes do médico durante esse primeiro parto, o que motivou a rápida ação para documentar sua conduta. A gravação foi fundamental para confirmar os relatos e garantir a prisão imediata do anestesista.
A defesa de Quintella chegou a solicitar que ele pudesse responder ao processo em liberdade, mas o pedido foi negado pelo juízo. O magistrado justificou a decisão afirmando que a prisão preventiva se mantém necessária "para a garantia da ordem pública", e destacou o comportamento perturbador do condenado: "A frieza demonstrada na execução do delito reforça a necessidade da segregação cautelar". O juiz também salientou que o caso revela "evidente descontrole de seus impulsos sexuais" e risco concreto de que ele volte a cometer crimes semelhantes.
O entendimento do tribunal é claro ao considerar o modus operandi do médico como especialmente ardiloso e perigoso. A sentença também reforça que manter o réu afastado da sociedade é uma medida proporcional à gravidade dos atos cometidos.