Brasileiro 'caminha' 24 km sob frio extremo após ser 'traído' pelo GPS na Argentina 5l322j
Thiago Crevelloni teve que abandonar o carro na região da Patagônia e caminhar por horas na neve até ser resgatado por policiais 62x6s
O GPS já te colocou em alguma cilada? No caso de Thiago Crevelloni, ele acabou numa fria, literalmente. O turista brasileiro atravessava a Patagônia de Norte a Sul quando o sistema de navegação o jogou para uma rota secundária. Conclusão: carro atolado e cinco horas de caminhada no meio da neve. t4x1v
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“Foi uma experiência extrema que deixou marcas em mim e, felizmente, teve um final feliz", declarou o brasileiro ao jornal argentino La Nacion.
O turista percorria a Rota Nacional 40, que tinha uma camada de gelo nas beiradas, quando o GPS o mandou sair e pegar a Rota Nacional 29. “Depois de 20 quilômetros, começou a nevar forte. Parei para colocar as correntes. Continuei, mas ventava muito, e a neve estava ficando mais densa. Em uma curva, o carro bateu em uma duna de neve que não dava para distinguir claramente por causa do vento branco. Tudo estava branco; não dava para distinguir o que era estrada e o que não era. Fiquei completamente preso, com as rodas dianteiras no ar, e não consegui mover o carro”, explicou.
Segundo Crevelloni, os termômetros marcavam -2°C quando ele desceu do carro e tentou retirar o veículo com a ajuda de pedras. “Entrei em pânico; pensei que poderia morrer congelado ali mesmo; fiquei com medo que a neve cobrisse completamente o carro (...) Então peguei uma mochila com água e comecei a caminhar. Ainda estava claro, mas o frio estava piorando. Como não estava me alimentando bem, me senti fraco e logo o cansaço começou a tomar conta. Andei sem enxergar nada, comecei a me sentir pior", relembrou.
O brasileiro ainda seguiu na mesma estrada em sentido contrário por cinco horas seguidas, até que caiu no chão e optou por ficar ali por alguns minutos para se recuperar fisicamente. Foi pouco tempo depois que ele encontrou uma luz se movendo pela rodovia.
“A princípio, pensei que fosse uma alucinação, mas foi se aproximando. Era uma viatura policial, com as luzes acesas. Naquele momento, senti um alívio que não consigo descrever”, contou.