Além de Collor, Lula e Temer também foram presos após deixarem a Presidência 523g4k
Operação Lava-Jato foi responsável por levar três ex-presidentes à prisão 4v4lh
Fernando Collor, Lula e Michel Temer, ex-presidentes do Brasil, foram presos após investigações da Operação Lava Jato, marcando momentos distintos da operação.
O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió (AL). Antes dele, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer também chegaram a ser detidos após deixarem a Presidência da República — Lula em 2018 e Temer em 2019. 3w705k
A prisão de Collor foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o esgotamento de todos os recursos no processo em que o ex-presidente foi condenado por corrupção. Ele foi detido pela Polícia Federal às 4h da manhã, quando se preparava para viajar para Brasília, onde pretendia se entregar voluntariamente.
Condenado a oito anos e dez meses de prisão, Collor deve cumprir pena em regime fechado por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, revelado durante a Operação Lava Jato.
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A prisão de Lula também ocorreu após apuração da mesma operação. Preso no dia 7 de abril de 2018, após decreto do então juiz Sergio Moro, o ex-presidente se entregou à Polícia Federal em São Bernardo do Campo, numa cena marcada pela comoção de apoiadores.
Ápice da Operação Lava Jato, a sentença de Lula o condenava a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Ele ou 580 dias detido em Curitiba.
O processo que levou Lula à prisão foi um dos mais controversos na história recente do país. Desde o início, juristas e setores da sociedade civil apontaram irregularidades, como a conduta parcial de Sergio Moro e a atuação política da força-tarefa da Lava Jato.
Em 2019, o vazamento de mensagens entre Moro e procuradores da operação indicou conluio entre acusação e juiz, o que acabou fortalecendo o argumento da defesa de Lula. O STF anulou as condenações do petista em 2021, reconhecendo a suspeição de Moro.
Michel Temer foi preso em março de 2019, também por determinação da força-tarefa da Lava Jato, no Rio de Janeiro. O ex-presidente foi acusado de chefiar uma organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 1,8 bilhão em propinas, em contratos ligados à construção da usina de Angra 3.
A prisão preventiva de Temer durou apenas quatro dias, mas foi um marco simbólico na sequência de ações contra ex-chefes do Executivo.