Campos defende pacto pela vida e critica segurança no País 5w2f53
Candidato à Presidência pelo PSB se reuniu com o cardeal e arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, nesta terça-feira s5a19
O candidato à Presidência e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se reuniu, por mais de uma hora, na tarde desta terça-feira, com o cardeal e arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Depois da conversa, Campos defendeu o que chamou de “pacto pela vida” para reduzir os índices de criminalidade no Brasil. Ao lado de sua candidata a vice, Marina Silva (Rede), também presente no encontro, ele criticou a política de segurança do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). 2k1a2o
“Temos hoje a necessidade de uma cultura de paz e de um pacto em defesa da vida. Só no ano ado, tivemos no Brasil 54 mil homicídios. Temos que reduzir essa violência e isso é uma tarefa dos estados, municípios, mas também da sociedade”, afirmou, observado pela vice.
Campos - que aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, bem atrás de Dilma e do tucano Aécio Neves - citou números do seu governo no combate à violência. Segundo ele, no Estado que istrou, foi realizado um projeto de redução da criminalidade que contou com entidades ligadas aos direitos humanos e outras áreas estratégicas. O candidato alegou também que Recife era a capital mais violenta do Brasil e teve uma redução de 60% nos índices.
Segundo o concorrente socialista, é possível investir em projetos de segurança sem onerar os cofres públicos. “De cada R$ 100 que se investe hoje em segurança, apenas R$ 15 vêm da União. Tem alguma coisa errada aí. Isso quer dizer que a União está fora do tema central da cidadania, da segurança”, criticou.
O concorrente, que é contrário à legalização das drogas, defendeu o combate ao tráfico internacional de entorpecentes e o controle da entrada de cocaína pelas fronteiras. “A pasta base da cocaína tem entrado e se transformado em crack, destruindo famílias, vidas e, sobretudo, o sossego de muitas cidades."
Fundo Nacional
Campos ainda defendeu que o Fundo Nacional de Segurança Pública deve ser usado para financiar ações de combate ao crime nos municípios, investindo em novos policiais e na infraestrutura do sistema. Em nova crítica ao governo da presidente petista, ironizou: “Não arrumam dinheiro quando os juros aumentam? Não tem dinheiro para colocar nas empresas do setor elétrico? Como é que quando é para falarmos de escola integral, e Livre e o Fundo Nacional para a Segurança não temos recurso"> Eduardo Campos, afirmou que, se eleito, o País voltará a crescer cerca de 4% ao ano. “O Brasil parou, estamos perdendo e não só no campo do futebol. Na economia, estamos perdendo de 7 a 1”, afirmou, como já fez em outras situações, em alusão ao placar da partida entre Brasil e Alemanha na Copa do Mundo deste ano. “A inflação está em 7 e o crescimento está abaixo de um”, completou.
Ele disse que, para a economia do País voltar a crescer, são necessárias “confiança e liderança”. O candidato também defendeu um governo com responsabilidade fiscal, que dê segurança aos investidores. “(É preciso) alavancar os investimentos públicos e privados, segurar os juros e ter o Brasil crescendo numa média de 4%, como outros países vizinhos estão fazendo, exemplo do Peru, do Chile.”
A conversa com o cardeal também ou, segundo o candidato do PSB, por temas como Saúde, geração de renda, oportunidade de trabalho e combate à inflação.
Mantendo o tom de críticas à presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, o ex-governador de Pernambuco disse que ouviu, na conversa, testemunhos sobre a situação precária de alguns hospitais instalados no Rio e que são istrados pela União. “Quando se implantou o SUS, vários estados receberam esses hospitais federais. No Rio de Janeiro, sete destes hospitais continuaram com a União. Alguns foram entregues ao fisiologismo, à gestão temerária”, atacou.
Campos afirmou que, se desejar, o governo do Estado pode istrar algumas destas unidades com o objetivo de melhorar a gestão.