Acusado de calúnia por Amanda Knox quer indenização sobre o caso 2en5p
Lumumba ficou 14 dias preso, mesmo sendo inocente em homicídio 4j551g
O congolês Patrick Lumumba, ex-chefe da americana Amanda Knox, símbolo de um dos casos judiciais mais midiáticos da Itália nas últimas décadas, o assassinato da britânica Meredith Kercher, em 2007, em Perugia, afirmou nesta quarta-feira (21) que quer ser indenizado pela mulher que o caluniou. j6s1p
"Chegou a hora de Amanda Knox olhar para trás e, se ela pretende defender as vítimas da Justiça [italiana], deveria começar por mim", falou Lumumba, que ou 14 dias na prisão ao ser acusado pela americana no envolvimento no homicídio de Kercher, fato que foi refutado pelo Tribunal na Itália e que rendeu à americana uma condenação por calúnia.
"Esta condenação [por calúnia] acompanhará Amanda por toda a vida", reforçou o congolês, que tinha um bar em Perugia no qual a Knox, então estudante, trabalhava. "Espero uma indenização de sua parte", acrescentou.
Para Lumumba, ela decidiu acusá-lo porque "estava convencida de ter sido descoberta pelos investigadores" no caso.
"Ela me escolheu [para culpar] porque sabia que poderia escapar da situação", explicou o congolês.
A fala de Lumumba foi confirmada pelo Tribunal de Cassação em janeiro deste ano, condenando Knox a três anos de cárcere, pena que já foi cumprida. Segundo a Justiça, ela "tinha completa ciência da inocência de Patrick Lumumba no homicídio de Meredith Kercher, sem que isso a tenha motivado a informar os investigadores ou mesmo o juiz na audiência de validação".
"A circunstância apurada revela que ela [Knox] estava em casa na noite do assassinato, o que reforça que ela tinha plena consciência da inocência do acusado [Lumumba], uma vez que o motivo de sua ação coincide com a intenção de escapar da desconfortável situação pessoal de ser suspeita [do assassinato] por estar em casa no momento do crime e por ter as do apartamento, uma vez que o autor do assassinato não precisou arrombar [a porta] para entrar", diz a motivação da sentença de calúnia assinada pelo Tribunal de Cassação.
Em um vídeo publicado em abril, Knox afirmou ser vítima da Justiça italiana, ao ter sido "condenada injustamente à prisão".
Na época do crime, a americana chegou a ser presa e condenada pelo assassinato de Kercher, crime ocorrido em 1º de novembro de 2007, mas acabou absolvida pela Suprema Corte do país em 2015.
O italiano Raffaele Sollecito, namorado de Knox na época do homicídio, também foi sentenciado e posteriormente absolvido.
Até hoje, o único condenado em definitivo é o marfinense Rudy Guede, que pegou 16 anos de prisão e já cumpriu sua pena.
Inicialmente, Knox identificou Lumumba pelo assassinato da estudante britânica de intercâmbio de 21 anos, apesar dele não ter ligação com o crime.