Encontros semanais e envio de empanadas: quem é a freira que quebrou protocolo no velório do papa Francisco 2j5v3i
Geneviève Jeanningros se aproximou do caixão do pontífice durante o velório na Basílica de São Pedro g5h35
O velório do papa Francisco na Basílica de São Pedro já recebeu quase 50 mil pessoas, segundo o Vaticano. Porém, só uma pessoa teve permissão para se aproximar do caixão: Geneviève Jeanningros. A freira de 81 anos quebrou o protocolo para se despedir do pontífice. 596c3o
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A religiosa sa era amiga do papa e recebeu permissão para se despedir de Francisco em um momento do velório no qual apenas cardeais, bispos e funcionários do Vaticano poderiam se aproximar do caixão.
Geneviève foi levada até o local onde o corpo do papa estava por um agente e permaneceu ao lado do cordão de segurança por algum tempo. Ela carregava uma mochila verde e chorou pela morte do amigo enquanto outras pessoas prestavam as últimas homenagens ao pontífice.
De acordo com o Vatican News, ela faz parte da Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus. Geneviève é sobrinha da freira Léonie Duquet, uma freira sa que foi sequestrada e morta pela ditadura militar argentina.
Quando Francisco assumiu o papado, Geneviève escreveu uma carta ao pontífice para parabenizá-lo e relembrou a história de vida da tia. Após isso, eles aram a conversar por correspondência regularmente.
"Sim, nos queremos bem", declarou Francisco durante um dos encontros com a freira em um evento de rua e aproveitou para declarar feliz aniversário para amiga.
Geneviève Jeanningros já se encontrou com o papa Francisco em diferentes ocasiões. Ela vive há mais de 50 anos em meio à comunidade LGBTQIAP+ na Itália e já levou integrantes da comunidade para conhecer o papa em ocasiões especiais. Além de bilhetes, a religiosa também costumava enviar ao papa empanadas argentinas feitas pelas mulheres trans da sua comunidade.
"O Papa nos acolheu. Nem sei como descrever isso. Elas o querem muito bem porque é a primeira vez que pessoas trans e gays são acolhidas por um papa. O agradeceram porque finalmente encontraram uma Igreja que foi ao encontro delas", afirmou Geneviève Jeanningros em entrevista ao Vatican News.