Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Macron defende reconhecimento de um Estado palestino: "dever não apenas moral, mas uma exigência política" 46h4z

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira (30) que o reconhecimento de um Estado palestino "não é simplesmente um dever moral, mas uma exigência política e realista". Macron afirmou que os europeus teriam que "adotar uma postura coletiva mais rígida" contra Israel, "se não houver uma resposta à altura da situação humanitária nas próximas horas e dias" na Faixa de Gaza, disse o presidente francês em coletiva de imprensa em Singapura. 1w4s3x

30 mai 2025 - 06h47
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira (30) que o reconhecimento de um Estado palestino "não é simplesmente um dever moral, mas uma exigência política e realista". Macron afirmou que os europeus teriam que "adotar uma postura coletiva mais rígida" contra Israel, "se não houver uma resposta à altura da situação humanitária nas próximas horas e dias" na Faixa de Gaza, disse o presidente francês em coletiva de imprensa em Singapura. 1w4s3x

O presidente francês Emmanuel Macron em uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro de Cingapura, Lawrence Wong, em Cingapura, em 30 de maio de 2025.
O presidente francês Emmanuel Macron em uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro de Cingapura, Lawrence Wong, em Cingapura, em 30 de maio de 2025.
Foto: © AFP/Ludovic Marin / RFI

Com colaboração de Fernanda Nidecker, de Singapura,

O líder francês listou ainda uma série de medidas que serão discutidas durante uma Conferência internacional na ONU, prevista entre 17 e 20 de junho em Nova York, que será copresidida pela França e pela Arábia Saudita.

"A criação de um Estado palestino (...) que reconheça Israel e seu direito de viver em segurança, e a criação de uma arquitetura de segurança na região, são o único resultado desejável para a segurança de todos e o único que garantirá a paz na região", detalhou Macron na coletiva realizada ao lado do primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong. 

Macron defendeu ainda a libertação dos reféns, a desmilitarização do Hamas, a não participação do Hamas no novo Estado e a reforma da Autoridade Palestina.

Giro asiático 5v1fe

O presidente francês, Emmanuel Macron, encerra nesta sexta-feira uma turnê de seis dias pelo Sudeste Asiático. O objetivo da viagem é estreitar os laços comerciais da França com a região, num momento em que as medidas tarifárias do presidente americano, Donald Trump, pressionam a União Europeia e também os paises exportadores locais.

A turnê começou no Vietnã, no domingo (25), onde Macron assinou contratos que somam mais de 9 bilhões de euros, em áreas como aviação, defesa, energia e tecnologia. De Hanói, o presidente seguiu para a Indonésia e, agora, está em Singapura.

Influências e parcerias 5zt2k

Emmanuel Macron chegou na noite de quinta-feira a Singapura para uma visita de Estado de dois dias. A agem comemora os 60 anos de relações diplomáticas entre França e Singapura — como informou o Ministério das Relações Exteriores do país. 

Hoje, o presidente francês participou de uma cerimônia oficial no Parlamento e se encontrou com o presidente de Singapura, Tharman Shanmugaratnam, e com o primeiro-ministro, Lawrence Wong.

Durante a visita, os dois líderes acompanharam a de vários acordos de cooperação em áreas como defesa, segurança, justiça, inteligência artificial e transportes. Em abril, Macron e Wong já tinham demonstrado interesse em reforçar ainda mais essa parceria — com planos de transformar a relação entre os dois países numa Parceria Estratégica mais ampla.

A França é hoje o segundo maior parceiro comercial de Singapura dentro da União Europeia, no comércio de bens. Em 2024, essa troca movimentou 21,5 bilhões de dólares de Singapura.

À noite, pelo horário local, Macron faz o discurso de abertura do Diálogo de Shangri-La — o principal fórum da Ásia sobre segurança e defesa. É a primeira vez que um líder europeu abre a conferência, e o presidente francês deve aproveitar o momento para reforçar o papel da França — e da Europa — como defensores da cooperação internacional e de um comércio global baseado em regras.

Segundo o Palácio do Eliseu, o tom do discurso deve ser um contraponto às táticas comerciais mais coercitivas e predatórias adotadas pelos Estados Unidos e pela China.

França como terceira via 2f3ex

 A visita de seis dias faz parte de uma estratégia mais ampla sobre como a França tenta expandir sua influência no Sudeste Asiático.

 Macron quer apresentar Paris como uma alternativa de parceria — tanto em segurança quanto na economia — para os países da região, num momento em que as tensões entre China e Estados Unidos só aumentam. E isso preocupa os governos locais, que não querem ser forçados a escolher um lado.

Durante a agem por Jacarta, o presidente francês reafirmou o fortalecimento das relações econômicas e de defesa entre França e Indonésia. Os dois países am uma série de acordos importantes, incluindo uma carta de intenção para a compra de 42 caças Rafale, dois submarinos Scorpène e 13 radares de longo alcance da Thales.

Mas a parada na Indonésia teve um peso político ainda maior do que comercial. O presidente indonésio, Prabowo Subianto, sinalizou uma possível mudança diplomática: ele disse que a Indonésia poderia reconhecer Israel — desde que o país reconheça primeiro um Estado palestino soberano. Macron recebeu bem a proposta, como parte de um esforço mais amplo para promover a paz no Oriente Médio.

Prabowo elogiou o compromisso da França em buscar uma solução pacífica para o conflito e declarou: "A França continuará apoiando os os rumo à independência da Palestina e vai seguir pressionando por um cessar-fogo imediato em Gaza."

No Vietnã, primeira etapa da viagem, Macron assinou contratos que ultraam 9 bilhões de euros em setores como aviação, defesa, energia e tecnologia.

Entre os principais contratos assinados está a venda de 20 aviões Airbus A330neo para a companhia vietnamita VietJet — um reforço ao memorando firmado no ano ado.

 A Airbus Defence and Space também fechou uma declaração de intenções com o governo do Vietnã para desenvolver um novo programa de satélites de observação da Terra.

Além da aviação e da área espacial, os acordos fechados no Vietnã também envolvem energia nuclear, transporte ferroviário e marítimo, e o fornecimento de vacinas pela farmacêutica sa Sanofi.

A delegação sa é de peso. Com Macron e a primeira-dama, Brigitte, vieram os ministros da Economia, Defesa, Relações Exteriores, Cultura e a responsável por inteligência artificial — além de outras autoridades de alto escalão.

Mas o início da viagem foi marcado por um momento constrangedor. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra Macron levando um empurrão no rosto, aparentemente da própria esposa, ao desembarcar no aeroporto de Hanói no domingo.

Inicialmente, o Palácio do Eliseu negou a veracidade do vídeo, mas depois minimizou o episódio, dizendo que foi apenas uma "brincadeira de casal" antes do início oficial da turnê.

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade