Mujica levou seis tiros da polícia e ficou em estado grave quando era guerrilheiro h1j19
Caso aconteceu no fim da década de 1960; na ocasião, ex-presidente preparava um assalto a uma rica família de Montevidéu em um bar 5q6r1e
O ex-presidente do Uruguai José Mujica, que morreu nesta terça-feira, 13, aos 89 anos, levou seis tiros da polícia quando era líder do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros (MLN), grupo guerrilheiro urbano que operou nas décadas de 1960 e 1970, durante a ditadura militar no país. Ele ficou em estado grave de saúde. 2i3s6y
O caso aconteceu no fim da década de 1960, quando Mujica preparava um assalto a uma rica família de Montevidéu em um bar. Ele foi preso na ocasião, mas escapou em 1971 junto com outros 110 presos, por meio de um túnel. O episódio ficou conhecido como uma das maiores fugas da história do país.
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Mujica foi preso novamente em 1972, quando ou a integrar a lista dos nove “reféns da ditadura” junto aos outros chefes da MLN, e foi submetido a condições especialmente duras de prisão pelos militares. Ele foi solto em 1985, após o fim da ditadura e a aprovação de uma lei de anistia para presos políticos.
Após sua libertação, Mujica comunicou aos uruguaios que o MLN estava abdicando de suas armas. Em pronunciamento, ele afirmou que não seguia "o caminho do ódio" e que não nutria esse sentimento nem mesmo por aqueles que perseguiram o grupo guerrilheiro.
Mujica entrou para a política na década e 1990. Ele chegou à Câmara dos Deputados com as eleições de 1994 e ao Senado com as de 1999.
Antes de tomar posse como presidente, em 2010, foi também ministro da Pecuária durante o primeiro governo de Tabaré Vázquez (2005-2010 e 2015-2020). Após deixar a presidência, foi senador de março de 2015 até agosto de 2018.
Considerado um dos maiores líderes da esquerda mudial, Mujica apoiou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e a regulamentação do mercado de maconha. Ele se retirou da política ativa em 2020, quando renunciou ao cargo de senador por causa da pandemia de covid-19.