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Novo primeiro-ministro diz que 'Groenlândia não está à venda' e cobra 'respeito' dos EUA 62v2

O novo primeiro-ministro da Groenlândia declarou neste domingo que a vasta ilha do Ártico jamais será uma "propriedade" à venda 2y1o9

27 abr 2025 - 12h20
(atualizado às 12h44)
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Resumo
O novo primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, reafirmou que o território não está à venda, criticou os EUA por falta de "respeito mútuo" e destacou o desejo da ilha por independência.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen (à direita), e o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, sorriem durante a reunião em Marienborg, em Kongens Lyngby, Dinamarca, neste domingo, 27 de abril de 2025. (Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix via AP)
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen (à direita), e o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, sorriem durante a reunião em Marienborg, em Kongens Lyngby, Dinamarca, neste domingo, 27 de abril de 2025. (Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix via AP)
Foto: AP - Mads Claus Rasmussen / RFI

O novo primeiro-ministro da Groenlândia declarou neste domingo, 27, que a vasta ilha do Ártico jamais será uma "propriedade" à venda, classificando como "desrespeitosos" os comentários dos Estados Unidos sobre uma possível anexação desse território autônomo dinamarquês. 3g3r29

"Jamais seremos propriedade de ninguém", disse Nielsen, em sua primeira visita à Dinamarca após a vitória de seu partido nas eleições groenlandesas. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, também criticou a postura de Washington.

Trump, que chegou a afirmar que a Groenlândia era importante para a paz mundial, viu sua proposta de compra do território como uma "ameaça global". O vice-presidente norte-americano, JD Vance, fez uma visita ao território em março, gerando tensão com os governos dinamarquês e groenlandês.

Nielsen enfatizou que a Groenlândia está disposta a fortalecer os laços com os EUA, mas exige "respeito mútuo". A maioria dos groenlandeses quer a independência e rejeita a anexação.

As tensões entre Washington e Copenhague aumentaram depois que Donald Trump declarou repetidas vezes que queria assumir o controle da Groenlândia, alegando motivos de segurança e sem descartar o uso da força.

Esta foi a primeira visita de Nielsen à Dinamarca desde que assumiu o governo de coalizão, após a vitória de seu partido de centro-direita, Os Democratas, nas eleições legislativas de março.

"Precisamos estar unidos" v342t

"Estamos em um momento em que precisamos permanecer unidos", afirmou Nielsen, reforçando que "os comentários dos Estados Unidos foram desrespeitosos". "Concordo totalmente", acrescentou Frederiksen.

No fim de janeiro, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que o interesse de Trump em comprar a Groenlândia "não era uma piada".

"Precisamos da Groenlândia para garantir a paz internacional. Se não a tivermos, o mundo enfrentará uma grande ameaça. A Groenlândia é muito importante para a estabilidade global", declarou Trump na última quinta-feira.

O vice-presidente norte-americano, JD Vance, visitou a ilha em 28 de março, ando pela base militar de Pituffik — uma viagem vista por Dinamarca e Groenlândia como uma provocação. Durante a visita, Vance criticou o governo dinamarquês, dizendo que "não fez um bom trabalho pelo povo da Groenlândia" e apontou a falta de investimentos no território.

O ministro dinamarquês das Relações Exteriores, Lars Løkke Rasmussen, reagiu nas redes sociais: "Aceitamos críticas, mas, para ser franco, não gostamos do tom usado."

"Os Estados Unidos não vão conseguir a Groenlândia. Não pertencemos a ninguém. Nós decidimos nosso próprio futuro", disse Jens-Frederik Nielsen.

Pedido por "respeito mútuo" 5ttr

Apesar das tensões, Nielsen reafirmou neste domingo que está aberto a fortalecer os laços com os Estados Unidos.

"Estamos prontos para construir uma parceria sólida, para investir em mais desenvolvimento, mas exigimos respeito", disse. "Não existe parceria sem respeito mútuo."

Sua visita de dois dias à Dinamarca acontece pouco depois da viagem de Mette Frederiksen à Groenlândia, no começo de abril, quando ela declarou: "Vocês não podem anexar outro país."

Segundo nota oficial do governo dinamarquês, a cooperação entre Dinamarca e Groenlândia será o foco principal das conversas.

"Precisamos nos apoiar mutuamente diante da situação delicada que o Reino da Dinamarca e a Groenlândia enfrentam na política internacional", afirmou Frederiksen.

Durante sua agem por Copenhague, Nielsen também se reunirá com o rei Frederik X e com membros do Parlamento.

A Casa Real dinamarquesa informou que o rei viajará nesta segunda-feira à Groenlândia, onde deve permanecer até quinta-feira.

Pesquisas de opinião mostram que a ampla maioria dos 57 mil habitantes da Groenlândia deseja a independência e rejeita qualquer tentativa de anexação pelos Estados Unidos.

(Com AFP)

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