Trump perde paciência e ameaça se retirar das negociações pelo fim da guerra na Ucrânia 4t94r
Declaração é vista como um sinal do cansaço que começa a se instalar em Washington quase 100 dias após o retorno do republicano ao poder 2c5x24
Donald Trump ameaçou abandonar as negociações pela paz na Ucrânia devido à falta de progresso, sinalizando cansaço em Washington, enquanto sua recente aproximação com a Rússia preocupa Kiev.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta sexta-feira (18) se retirar das negociações para encerrar a guerra na Ucrânia caso não veja avanços nas discussões. A declaração é vista como um sinal do cansaço que começa a se instalar em Washington quase 100 dias após o retorno do republicano ao poder. Ao tomar posse, o chefe da Casa Branca havia prometido resolver o conflito em 24 horas. 4r1d5g
"Se por algum motivo uma das duas partes dificultar muito, simplesmente vamos dizer: 'Vocês são idiotas. São uns tolos. São pessoas horríveis', e simplesmente vamos seguir em frente", disse Trump em referência à Rússia e Ucrânia. "Mas espero que não precisemos fazer isso."
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A declaração é feita poucas horas após o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, afirmar que Washington daria um o atrás caso a paz entre Moscou e Kiev não seja "factível".
"Sim, muito em breve", disse Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca quando lhe perguntaram se confirmava essa possibilidade. "Não há um número específico de dias, mas rapidamente, queremos que isso aconteça", acrescentou.
Trump se recusou a culpar o presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, ou seu par ucraniano, Volodymir Zelensky. Mas insistiu que ambas as partes precisam avançar.
Nos últimos dois meses, Donald Trump se aproximou de forma radical e inesperada da Rússia, utilizando repetidamente a retórica do Kremlin, em particular sobre as origens do conflito, o que levou Kiev a temer a retirada do apoio militar americano.
Acordo sobre infraestruturas energéticas 4r441p
Em março, a Casa Branca afirmou que havia chegado a acordos tanto com Moscou quanto com Kiev para que parassem de atacar as infraestruturas energéticas do lado adversário. Mas, um mês depois, a Rússia deu o acordo por encerrado.
"De fato, o mês [da moratória] expirou", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.
Os detalhes do acordo nunca ficaram totalmente claros: nem quando começou a ser aplicado, nem por quanto tempo se prolongaria, nem sob quais condições.
Os russos o anunciaram em 18 de março, após uma conversa telefônica entre Trump e Putin, mas os ucranianos só se referiram a ele dias depois, após conversas com os americanos. Além disso, desde então, Rússia e Ucrânia têm se acusado quase diariamente de violá-lo.
Antes do anúncio dessa trégua energética, Donald Trump havia proposto um cessar-fogo completo e incondicional, algo que Kiev aceitou, mas que Putin rejeitou.
Americanos, europeus e ucranianos têm uma reunião prevista para a próxima semana em Londres, após negociações anteriores que terminaram sem grandes avanços.
(Com AFP)