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STF julga hoje Bolsonaro e mais sete por trama golpista 2o722a

9 jun 2025 - 10h41
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O Supremo Tribunal Federal começa nesta segunda-feira (9) a ouvir os réus acusados de tramar um golpe de Estado no fim do governo Bolsonaro. O processo penal atinge Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, e mais sete aliados próximos. A ação é considerada decisiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta o grupo como o "núcleo crucial da organização criminosa". 6d2u6p

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Foto: presidente Jair Bolsonaro - depositphotos.com / celsopupo / Perfil Brasil

As oitivas serão conduzidas pela Primeira Turma da Corte, com sessões diárias até sexta-feira (13). O primeiro a ser interrogado será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. Os demais réus serão ouvidos por ordem alfabética.

Acusações contra Bolsonaro e aliados no plano golpista 1p5k31

De acordo com a PGR, o grupo planejou e coordenou ações para subverter a ordem democrática, valendo-se da estrutura do Estado e da influência sobre militares. Durante o mês de maio, foram colhidos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa. Agora, com o fim da instrução, será possível abrir prazo para pedidos de diligências complementares e, na sequência, para as alegações finais.

Na denúncia, a PGR afirma que Bolsonaro liderava a articulação golpista. Entre suas ações, estão a divulgação de desinformação sobre o sistema eleitoral, a tentativa de envolver as Forças Armadas na ruptura institucional e a edição de um decreto inconstitucional. O ex-presidente também teria interferido no relatório militar sobre a segurança das urnas e teria conhecimento do plano chamado Punhal Verde Amarelo, que previa assassinatos de autoridades.

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), teria auxiliado diretamente na elaboração de conteúdo contra as urnas. Segundo os procuradores, comandou grupo que atuava na "Abin Paralela", estrutura que usava a máquina estatal de forma irregular.

Outro citado é Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, que teria endossado a proposta golpista em reuniões em dezembro de 2022. Conforme as investigações, se colocou à disposição para seguir ordens do decreto de ruptura.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, é acusado de dar e logístico ao plano. Entre as ações atribuídas a ele estão o estímulo a bloqueios em rodovias e a redação de uma minuta de decreto para intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Posteriormente, como secretário de Segurança Pública do DF, teria sido omisso diante dos atos de 8 de janeiro.

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, também foi citado como articulador. Em sua agenda, havia registros de elaboração de discursos contra as urnas e planejamento para descumprir decisões judiciais. Para a PGR, ele lideraria um "gabinete de crise" no pós-golpe.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, participou de reuniões em que Bolsonaro pediu a propagação de desconfiança sobre as eleições. Também esteve presente nos encontros de dezembro em que se discutiu o decreto golpista.

Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, é acusado de financiar ações do plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de autoridades como Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Também teria atuado para estimular movimentos populares e pressionar militares.

Mauro Cid, além de ser apontado como elo entre Bolsonaro e os demais, guardava em seu celular documentos como uma minuta de declaração pós-golpe e textos sobre suposta fraude eleitoral. Para os investigadores, ele tinha menor poder de decisão, mas executava ordens-chave.

Perfil Brasil
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