Hospital declara morte encefálica de uma das siamesas separadas em Goiás w4fi
Kiraz e Aruna, de um ano e seis meses, aram pela cirurgia de separação no último dia 10 de maio pn1e
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente informou a morte encefálica de Kiraz, uma das gêmeas siamesas separadas em uma cirurgia altamente complexa realizada no dia 10 de maio, em Goiás.
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informou, por volta das 11h desta segunda-feira, 19, que está em andamento o protocolo de morte encefálica de Kiraz, uma das gêmeas siamesas separadas em Goiás. 2o4w3q
"A confirmação do óbito só poderá ser feita após o encerramento do protocolo, por volta das 13 horas, com a realização de todos os exames clínicos e complementares necessários, conforme prevê a legislação vigente", disse ainda o comunicado do Hecad, onde as gêmeas estavam internadas.
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Em uma publicação no Instagram nesta segunda-feira, a família de Kiraz postou uma foto da menina e escreveu "Descanse em paz, filha!".
Horas antes, os pais também compartilharam uma outra foto das gêmeas com a legenda: "Papai, e principalmente mamãe, fez o que pode por vocês, minhas filhas. Agora é com nosso Deus!".
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Naturais do interior de São Paulo, as gêmeas Kiraz e Aruna, de um ano e seis meses, aram pela cirurgia de separação no Hecad, em Goiânia (GO), no dia 10 de maio.
As irmãs são acompanhadas desde os primeiros meses de vida pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, referência nacional no assunto. Segundo ele, Kiraz e Aruna são classificadas como siamesas esquiópagas triplas, ou seja, unidas pela bacia, com três pernas e múltiplos órgãos compartilhados, como fígado, intestino, genitália, ânus, tórax e abdômen.
A cirurgia mobilizou mais de 60 profissionais, entre eles mais de 10 cirurgiões de especialidades como cirurgia pediátrica, plástica, ortopédica, vascular, urológica e digestiva, além de anestesiologistas e equipes de e.
A trajetória até a separação envolveu uma preparação cuidadosa. Há seis meses, as meninas aram por uma cirurgia prévia em que foram implantados expansores de pele -- próteses de silicone que, ao serem infladas gradualmente, estimularam a produção de tecido para cobrir as áreas que ficariam expostas após a cirurgia.
Desde então, as irmãs realizavam acompanhamento clínico frequente, com foco no crescimento, ganho de peso e fortalecimento da imunidade. A cirurgia, com custo de mais de R$ 2 milhões, é realizada integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).