Número de casos de síndrome respiratória no Brasil é o maior dos últimos 2 anos, diz Fiocruz 276m54
Desde janeiro, foram registrados 93.779 casos, com destaque para infecções por influenza A e vírus sincicial respiratório 37301f
O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados no Brasil em 2025 é consideravelmente maior do que o observado nos dois últimos anos, segundo o novo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 12. 3p3g
Entre as semanas epidemiológicas 19 e 22 - dos dias 4 a 31 de maio -, o número de casos quase dobrou em relação ao mesmo período do ano ado, registrando um aumento de 91%.
As principais causas de hospitalizações por SRAG são o vírus influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR), com casos ainda aumentando em boa parte do País. Apenas em alguns estados (Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo) e no Distrito Federal há um sinal de interrupção do crescimento ou início de queda nas ocorrências da síndrome. A alta, considerada atípica, se concentra principalmente nos estados das regiões Centro-Sul.
No que diz respeito à influenza A, além do Centro-Sul, o boletim mostra que há uma tendência de crescimento no Nordeste e em parte da região Norte, com níveis de incidência de moderado a muito alto. Jovens, adultos e idosos são os grupos mais afetados, com os últimos sendo os mais suscetíveis a óbitos.
Apesar dos números, há sinais de interrupção do aumento ou início de queda nos casos de influenza, especialmente entre os idosos, no Amazonas, Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Ainda assim, esses estados seguem apresentando patamares elevados de hospitalizações.
O VSR, por sua vez, segue como a principal causa de hospitalização de crianças pequenas por SRAG. Segundo o boletim, os casos seguem em crescimento na maior parte do País.
"Contudo, já é possível observar sinais de interrupção do aumento ou início da queda em alguns estados", diz a Fiocruz. São eles: Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Acre, além do Distrito Federal. Apesar disso, assim como a influenza A, os níveis seguem altos.
A análise indica que 21 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Cenário no ano z22h
Em 2025, já foram notificados 93.779 casos de SRAG, sendo 47.343 (50,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre eles, 24,5% apontaram influenza A; 1,1%, influenza B; 45,1%, VSR; 22,3%, rinovírus; e 9,9% indicaram Sars-CoV-2 (covid-19).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para VSR; 16,6% para rinovírus e 1,6% para Sars-CoV-2.
Considerando os casos fatais, 75,4% tiveram resultado positivo para influenza A; 1% para influenza B; 12,5% para VSR; 8,7% para rinovírus; e 4,4% para Sars-CoV-2.
Prevenção 4u2g42
A pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella destaca que as vacinas são as melhores aliadas para a redução dos quadros. "Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos pela doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no País", afirma em nota da Fiocruz.
Tatiana também recomenda etiqueta respiratória em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além do uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com aglomeração de pessoas.
