Virada Cultural Literária tem estreia em São Paulo, neste fim de semana 5g473j
Estão confirmados nomes como Leandro Karnal, Paulo Lins, Bruna Lombardi e Itamar Vieira Junior [...] z6p41
Durante a 20ª Virada Cultural, em São Paulo, acontecerá também a primeira edição da Virada Cultural Literária de São Paulo - Virada Lusófona, com a presença de escritores como Leandro Karnal, Paulo Lins, Bruna Lombardi e Itamar Vieira Junior, entre outros. 3y6r40
Com entrada gratuita e integralmente realizada na Biblioteca Mário de Andrade, no centro da cidade, a programação promete maratona literária, entre as 18h do sábado (24 de maio) e o fim da tarde do domingo (25/5), com mesas literárias, saraus e até sessões de cinema.
"Durante 24 horas, a cidade se transformará em um grande palco de narrativas, histórias e afetos que atravessam o Atlântico. É um marco que celebra não apenas a palavra, mas a nossa identidade comum, um mosaico de vozes que se encontram na diversidade cultural", descreve José Manuel Diogo, que divide a curadoria com Tom Farias.
Um dos destaques do evento é a instalação comestível "Pão Nosso Literário", em que o público é convidado a prestigiar uma verdadeira 'padaria poética', inspirada na obra de Mário de Andrade e com pães produzidos em formato de livros e letras.
A Virada Cultural Literária de São Paulo - Virada Lusófona tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, da Associação Portugal Brasil 200 anos e da Casa da Cidadania da Língua.
Programação da 1ª Virada Cultural Literária 3u1h2l
Dia 24 de maio (sábado)
Mesa 1: "São Paulo começa a girar" (18h)
Guilherme Borba, Flávio Hélder e os curadores da Virada Literária, José Manuel Diogo e Tom Farias, debatem a metrópole que se escreve e se reinventa a cada o, convidando o público a refletir sobre os múltiplos sentidos que emergem de seus corpos, ruídos e silêncios.
Mesa 2: "A Cidade que Vive" (19h30)
Eugênio Bucci, João Paulo Cuenca e José Manuel Diogo traçam um panorama das tensões urbanas a partir do olhar do jornalismo, da literatura e da crônica, destacando a cidade como espaço de memória, de conflito e de invenção narrativa.
Mesa 3: "As Estações do Corpo" (21h)
Leandro Karnal, Simone Az e Rosane Borges abordam temas relacionados ao corpo e suas transformações, a partir de uma reflexão sobre o corpo como linguagem viva e território de disputa simbólica.
Mesa 4: "A Cidade que Escreve" (22h30)
A conversa com Andréa Del Fuego, Paulo Lins e Antoune Nakkhle parte da ideia de que São Paulo é uma narrativa que se escreve antes de ser lida, seja nos muros, nas ruas, nos silêncios e nos romances. Os três escritores refletem sobre como a literatura capta, recria e desafia a cidade real, revelando aquilo que ela mostra e, sobretudo, o que tenta apagar.
Dia 25 de maio (domingo)
Mesa 5: "O Tempo nos Olhos dos Outros" (00h)
Nesse encontro entre crônica e jornalismo, Xico Sá, Luciany Aparecida e Semayat de Oliveira discutem diferentes perspectivas sobre o tempo, não aquele marcado pelos relógios, mas o tempo vivido na pele, nos afetos, nas feridas e nas margens.
Madrugada Poética (1h30)
Com coordenação de Mel Duarte, a mesa traz um mergulho nas vozes poéticas emergentes da lusofonia, incluindo slams e recitais. A madrugada será ocupada por nomes como Akins Kintê, Alice Ruiz, Binho, Cuti, Elizandra Souza, Esmeralda Ribeiro, Luz Ribeiro, Ryane Leão e Sérgio Vaz.
Slam do 13 (das 3h30 às 6h)
Esse coletivo de poesia falada se tornou referência no circuito nacional de literatura periférica e slam, e ocupará a biblioteca com um embate poético de vozes afiadas, ritmos pulsantes e verdades à flor da pele.
Cinema: "O Avô na Sala de Estar: a Prosa Leve de Antonio Candido" (6h)
O documentário apresenta uma biografia afetiva de um dos maiores intelectuais brasileiros, Antonio Candido de Mello e Souza.
Pão Nosso Literário (Entrada da Consolação, às 7h)
Com curadoria de Ricardo Magalhães, a programação tem café da manhã "Pão nosso literário", instalação comestível comandada por Ricardo Magalhães e inspirada na obra de Mário de Andrade. O público é convidado a prestigiar uma verdadeira 'padaria poética', onde os visitantes poderão literalmente comer o texto, saborear frases, com pão produzido no formato de letras e livros na forma de pão.
Mesa 6: "Pequenas Galáxias do Cotidiano" (8h)
A conversa com Amora Moira, Marco Haurélio e Rodrigo Casarin propõe um olhar atento às miudezas do dia a dia e entre a força poética do corpo, a oralidade popular e a escuta crítica.
Mesa 7: "Livros que andam nas mãos do povo" (9h30)
Bruna Lombardi, João Paulo Trevisan e Francis Manzoni participam dessa mesa que celebra as palavras que circulam de mão em mão, tocando diferentes públicos e reafirmando que a leitura é também um gesto coletivo, afetivo e transformador.
Mesa 8: "O Fim da Noite Não Existe" (11h)
Trudruá Dorrico, André Diasz e José Manuel Diogo falam sobre a travessia entre escuridão e aurora, reunindo a força ancestral da palavra indígena com a vibração urbana de uma literatura que pulsa na contramão da lógica do mercado. Uma conversa sobre resistência, sonho, escrita e permanência.
Mesa 9: "E se a Terra parasse?" (12h30)
Antônio Prata, Ilana Trombka e Angélica Ferrarez propõem imaginar o impensável com humor, profundidade e precisão, explorando o colapso do tempo afetivo, da escuta, da política e da linguagem. Um diálogo entre a crônica, a ação institucional e o pensamento crítico sobre como resistir à paralisia coletiva — e encontrar movimento mesmo no imobilismo.
Mesa 10: "A Palavra é o Sol" (14h00)
Juntos, Calila das Mercês, Renato Janine Ribeiro e Giovana Madalosso buscam uma reflexão sobre a potência regeneradora da linguagem e seu papel na construção de futuros mais justos.
Mesa 11: "Uma Orquestra Literária" (15h30)
A programação segue com essa mesa performativa com Paulo Scott, Marcelo Fornasier, Mauro Dahmer, Flavio Flu Santos e Fernanda D'umbra. A proposta é fazer com que as linguagens se cruzem como instrumentos afinados: a crônica marginal, a ficção filosófica e o traço visual se encontram num mesmo palco para improvisar sentidos e desafinar certezas.
Mesa 12: "Última Volta do Sol" (17h)
O escritor Itamar Vieira Junior conversa com a jornalista Joyce Ribeiro sobre memória, território, resistência e o lugar da literatura na reinvenção do Brasil profundo. O encontro será precedido por uma apresentação especial do escritor e curador Tom Farias, que contextualiza o gesto simbólico da mesa e homenageia a travessia coletiva realizada ao longo desta primeira edição do evento.
