WSL: perna australiana é aberta com domínio de atletas locais 1x2455
Bells Beach foi palco de um amplo controle de atletas oriundos da Austrália. 4y3xr
A reta decisiva da temporada 2025 visando o corte de pontos da WSL foi iniciada com a etapa de Bells Beach. A prova foi repleta de drama, tanto dentro como fora d'água, como já é tradicional no histórico do evento mais antigo da liga de surfe. O sino de campeão foi balançado por uma dupla de atletas australianos, país que também dominou a tabela de maiores pontuações das baterias e as classificações às fases mais agudas do cronograma. A prova foi concluída somente no último dia da janela e, em muitos momentos, com condições de mar extremamente adversas. A sequência de dias off também marcou a disputa em Bells. 5h426z
Incluindo Jack Robinson e Isabella Nichols, vencedores da etapa em Bells, quatro dos oitos semifinalistas vestem a bandeira australiana. Além dos campeões, Morgan Cibilic e Tyler Wright terminaram a quinta etapa do Championship Tour da WSL na na terceira colocação. Olhando para o ranking, cinco dos dez primeiros colocados contando ambas categorias têm a Austrália como país de origem. Vale destacar que Cibilic nem faz parte do CT, mas atuou como vencedor da triagem e ou por cima dos adversários até cair na semifinal diante de Kanoa Igarashi mas, principalmente, pela falta de ondas.
O calendário da WSL conta com mais duas etapas em sequência na Oceania. Burleigh Heads, pico que substitui Snapper Rocks, e Margaret River formam o caminho até o corte de classificados da elite do surfe. Teoricamente, surfistas da Austrália emergem como favoritos a dominar as provas no país e vencer a disputa paralela pelo prêmio que leva em conta apenas a tripla perna de etapas no território dos cangurus.
Por outro lado, a disparidade entre a dupla Ethan Ewing e Jack Robinson para o restante dos compatriotas masculinos é irrefutável. Além da tabela de pontuação, a temporada 2025 da WSL apresentou uma diferença técnica muito grande entre o grupo. Joel Vaughan (12º), George Pittar (20º), Lyan O'Brien (24º) e Ryan Callinan completam a lista de surfistas oriundos da Austrália na primeira divisão da WSL, mas não conseguem se manter no topo. No feminino, a lista das representantes que não foram longe em Bells é composta por Molly Picklum, terceira no ranking geral, e Sally Fitzgibbons, 15ª na tabela.
Antes de ter sido campeão na primeira etapa australiana, Jack Robinson vinha em uma fase um tanto irregular. Agora, o surfista tem a chance de elevar ainda mais o potencial de desempenho e se infiltrar na briga pelo topo do ranking, algo que parecia impossível no início do ano da WSL. A queda de Ethan Ewing, por sua vez, deve ser observada pelo fato de que o competidor tinha a chance de assumir a laycra amarela em caso de título.
Presença carimba no Finals desde 2022, Jack e Ethan ainda não obtiveram tanto sucesso na etapa decisiva da temporada da WSL. O primeiro, inclusive, foi eliminado em sua estreia em todas as participações em Trestles. Ewing chegou a disputar a bateria final contra Filipe Toledo, no entanto, não teve qualquer chance diante do brasileiro.
Bem posicionados no ranking de 2025 e com a oportunidade de liderar a soma de pontos na Gold Coast e em Margaret River, Jack Robinson e Ethan Ewing têm tudo para se consolidar como verdadeiros candidatos ao título mundial. Fiji, ilha escolhida pela WSL para sediar o evento derradeiro, tem como característica uma onda tubular. Com isso em mente e contando que os atuais líderes do ranking se qualifiquem ao evento, a disputa promete muito equilíbrio. Lá, os australianos podem se enfrentar em um verdadeiro palco do surfe mundial para, quem sabe, um deles enfrentar Italo Ferreira pela taça mais valiosa da temporada.
Evidentemente, ainda restam muitos eventos até a formação oficial dos confrontos na Finals. Por enquanto, Ethan Ewing, Jack Robinson, Molly Picklum, Isabella Nichols e Tyler Wright precisam se manter nas baterias finais de cada etapa para somar muitos pontos e chegar a Cloudbreak, no Fiji.