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Bionic Bay é uma jornada desafiadora e inteligente pelo mundo das plataformas 5h561t

Jogo indie traz inspirações no clássico Limbo e vai desafiar seu raciocínio 45g55

16 abr 2025 - 08h59
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Bionic Bay é uma jornada desafiadora e inteligente pelo mundo das plataformas
Bionic Bay é uma jornada desafiadora e inteligente pelo mundo das plataformas
Foto: Reprodução/Kepler

Lançado em 2010, Limbo foi um aclamado jogo indie de plataforma em 2D com atmosfera sombria, que se tornou um fênomeno de vendas ao apresentar uma aventura simples, contada por meio de ambientação, sons e acontecimentos visuais. 393uj

Agora, 15 anos depois, temos um game que pode ser considerado o seu sucessor: Bionic Bay, desenvolvido pelos estúdios independentes Mureena (Finlândia) e Psychoflow Studio (Taiwan), e publicado pela Kepler Interactive, seguindo a cartilha de Limbo, Inside e de clássicos mais antigos como Out of This World e Flashback.

Então prepare a sua nostalgia e confira aqui com Game On o que achamos desse novo lançamento, que promete reinventar o gênero de plataforma 2D com uma abordagem muito criativa.

Um mundo biomecânico e estranho 6r2t59

Bionic Bay não apresenta uma história ou personagens, ele simplesmente joga o jogador em um planeta misterioso e biomecânico, no controle de um personagem silencioso que tenta sobreviver em meio a máquinas esquecidas, criaturas curiosas e estruturas bizarras. No decorrer do jogo, vamos decobrindo pistas de quem somos e onde estamos.

Cada estágio possui um bioma com identidade própria, com visuais pixelados ricamente detalhados que despertam nossa curiosidade, revelando uma tecnologia imaginativa e sinistra.

A atmosfera de tensão é intensificada por um silêncio perturbador, onde os efeitos sonoros mecânicos se destacam, o que providencia um charme único para a nossa aventura. Porém, também temos uma trilha sonora incidental, que aparece nos momentos certos, e que ajuda na imersão do jogador nesse mundo alienígena e perigoso.

Troque de lugar 6i3s28

Bionic Bay apresenta um mundo biomecânico misterioso
Bionic Bay apresenta um mundo biomecânico misterioso
Foto: Reprodução

O grande diferencial de Bionic Bay de outros jogos do gênero está na sua mecânica que permite trocar de lugar com objetos e inimigos do cenário. Parece simples, mas essa ferramenta abre possibilidades táticas e estratégicas complexas: você pode resolver quebra-cabeças trocando de lugar com uma caixa, evitar a morte instantânea trocando com um inimigo, ou até usar essa habilidade para manipular a física e alcançar áreas secretas.

Mas cuidado: o mesmo sistema que te ajuda também pode te destruir. Uma troca no lugar ou objeto errado e boom — você pode ser esmagado, congelado, explodido ou até vaporizado. Cada área é repleta de armadilhas engenhosas e segredos bem guardados que incentivam a exploração minuciosa, exigindo raciocínio e criatividade do jogador para superar os obstáculos.

Junte a esse pacote um sistema de física realista e reativa ao ambiente, que adiciona uma camada extra de complexidade. É possível manipular a gravidade a seu favor, arremessar objetos para ativar mecanismos distantes ou utilizar a física para criar reações em cadeia que o ajudem a progredir. Cada interação com o ambiente parece ter um peso e uma consequência, tornando a exploração e a resolução de quebra-cabeças ainda mais gratificantes.

 Jogo conta com sistema de física reativa ao ambiente, que adiciona uma camada extra de complexidade
Jogo conta com sistema de física reativa ao ambiente, que adiciona uma camada extra de complexidade
Foto: Reprodução

Em Bionic Bay, o cenário não é apenas um pano de fundo - é o verdadeiro cérebro por trás dos desafios. Cada fase é construída com precisão cirúrgica, guiando o jogador por uma jornada de aprendizado gradual. A dificuldade não vem de armadilhas injustas ou comandos imprecisos, mas da sua própria capacidade de entender como o mundo funciona. Errou? Não foi por acaso. Foi porque ainda falta sacar o padrão do quebra-cabeça, pegar o ritmo do salto ou usar o poder de troca de lugar na hora certa.

E é exatamente aí que o jogo brilha: na hora em que você conecta as peças, domina a mecânica, e supera aquele trecho que parecia impossível minutos antes. A recompensa é uma daquelas sensações raras nos games - genuína, quase física. Aquele sorriso de “eu consegui” que escapa sem você perceber.

No entanto, assim que você se acomoda, o jogo muda as regras. Uma fase te ensina um truque; na seguinte, ele já não serve mais. A velha estratégia para ar ileso? Pode esquecer. Aqui, repetir padrões é o caminho mais rápido para o fracasso.

Jogo exige habilidade e raciocínio do jogador para superar obstáculos
Jogo exige habilidade e raciocínio do jogador para superar obstáculos
Foto: Reprodução

O jogo te força a reaprender constantemente, a reavaliar o ambiente, a olhar para os objetos comuns com olhos diferentes. A habilidade de trocar de lugar com itens do cenário deixa de ser apenas uma ferramenta e se transforma num convite à experimentação. Nada é definitivo. Nada é óbvio.

É como se Bionic Bay estivesse sempre te desafiando com um sorrisinho de canto de tela, sussurrando: “Entendeu mesmo? Tem certeza? Então tenta de novo.”

Aqui tudo parece querer te eliminar, e nada é explicado com palavras. Não há tutoriais extensos nem instruções piscando na tela. O aprendizado é prático, e muitas vezes doloroso. Você aprende morrendo - e vai morrer bastante. Mas esse não é um castigo, e sim parte do processo.

Não são os inimigos que oferecem o verdadeiro desafio aqui, mas sim o ambiente em si
Não são os inimigos que oferecem o verdadeiro desafio aqui, mas sim o ambiente em si
Foto: Reprodução

Cada falha é uma lição, e o jogo é esperto o suficiente para não te punir demais por isso. Os checkpoints são frequentes e bem colocados, eliminando a frustração de repetir longos trechos. O foco está na descoberta, na observação do cenário, na tentativa de entender como as peças se encaixam.

O que torna Bionic Bay tão envolvente e viciante é o seu ciclo simples e eficaz: você tenta, erra, renasce, tenta de novo - até que tudo se encaixe. Não são os inimigos que oferecem o verdadeiro desafio aqui, mas sim o ambiente em si: plataformas traiçoeiras, armadilhas sutis, e quebra-cabeças que exigem tanto raciocínio quanto domínio dos controles.

O game não pega na sua mão - mas também não vai te empurrar de um penhasco sem aviso. Ele apenas te deixa ali, diante do desconhecido, com uma simples provocação: "Vai encarar?"

Considerações 5d506d

Bionic Bay - Nota 8,5
Bionic Bay - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Bionic Bay é a prova de que ainda há espaço para originalidade no cenário indie. Com um visual estilizado que mistura o pixel retrô ao surreal, o jogo te captura pela estética, mas te prende mesmo é pela sua jogabilidade criativa e viciante. Não basta apenas pular ou correr - aqui, cada movimento exige atenção, timing e, principalmente, raciocínio.

A ambientação misteriosa e silenciosa, quase melancólica, constrói uma atmosfera que lembra os clássicos como Limbo e Inside, mas com um toque mais fluido e mais inventivo. É um jogo que desafia suas habilidades, mas sem apelar para o caos ou a punição gratuita. Ele te provoca, te testa - e te recompensa. É com segurança que digo que Bionic Bay tem tudo para conquistar seu espaço como um dos indies mais engenhosos - e memoráveis - do ano.

Bionic Bay chega em 17 de abril para PC e PlayStation 5.

*Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Kepler Interactive.

Fonte: Game On
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