Afastada da Parada do Orgulho LGBT, Nany People diz não ser contra ao evento: 'Sou contra a banalização' 23e5a
Artista participou das duas primeiras edições w5z5p
Nany People revelou o motivo de ter se afastado da Parada LGBT. De acordo com ela, o evento não leva mais o significado que costumava levar. 5f4716
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O assunto veio à tona durante o Sala de TV, do Terra, desta quarta-feira, 21. A primeira Parada do Orgulho LGBT do Brasil aconteceu em junho de 1997, na Avenida Paulista, em São Paulo. A artista relembra que, ao lado de Silvetty Montilla, esteve nas duas primeiras edições do evento, mas que uma série de acontecimentos a fizeram não desfilar mais.
“Antes de comentarmos da Parada, baixaram um decreto que qualquer carro alegórico que fosse colocado, tinha que ser colocado nas casas. Lembro como se fosse ontem. Ai agora você tem que colocar um carro porque você vai ser a miss da Parada. Ai o preço de X ia para 3X e eu trabalhava em duas casas. O Vitor parou de tocar. [E questionei] por que tem que subir três vezes? E pra quem vai esse dinheiro. [Em seguida], recebi um telefone sendo destituída miss da Parada. Nunca mais entrei na Parada”, detalhou.
Em seguida, ela apontou que não é contra ao evento. “Eu sou contra essa banalização que fazem na parada. A parada é um ato político acima de tudo”, diz.
“Eu já fiz paradas no Brasil a fora. No Acre, por exemplo, no Rio Branco, eu fiz uma parada em que a semana inteira é a Semana do Orgulho LGBT. O pessoal faz durante a semana toda palestras, exposições, peças de teatro, simpósios, debates, congressos sobre o Universo LGBT. E no domingo, por acaso, tem a Parada. Agora a parada pela parada, o ‘oba-oba’, não sei o que… não leva a nada”, destacou.
O Sala de TV vai ao ar às quartas-feiras, às 15h, ao vivo na home do Terra, no Youtube e nas redes sociais do Terra.
