Mulher é condenada após xingar dois homens e adolescente negros em clube 6d5262
Acusada negou ter proferido ofensas racistas, mas juíza apontou que não haveria motivos para as vítimas prejudicarem a mulher 1t3h1m
Mulher é condenada a 2 anos e 4 meses de reclusão, convertidos em prestação de serviços, por injúria racial contra duas pessoas e uma adolescente em um clube em Piracicaba; defesa afirma que irá recorrer.
Uma mulher foi condenada por injúria racial após proferir ofensas de cunho racista contra dois homens e uma adolescente dentro de um clube, em Piracicaba, no interior de São Paulo. 62b3k
Zeni Souto de Barros recebeu a pena de 2 anos e quatro meses de reclusão, que foi convertida em prestação de serviço à comunidade por ela ser ré primária. A defesa afirma que vai recorrer.
Ofensas 2z5i6j
Conforme o processo, o caso ocorreu na tarde de 13 de fevereiro de 2024, em um clube recreativo no bairro Morumbi. Dois homens estavam na área da piscina, quando a acusada jogou água nos dois.
Em seguida, ela ou a ofendê-los, dizendo que aquele era “o seu local” e que eram “escr*tos”, “nojentos” e “negros imundos”. Além disso, Zeni teria dito que não era para eles estarem ali.
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O diretor do local viu a situação e foi intervir, momento em que a mulher também o xingou. “Você não manda em nada, quem é você? Seu m*rda, seu b*sta, essa diretoria é uma b*sta”.
Vendo a situação, a filha do funcionário retrucou a acusada, dizendo que ela não poderia falar daquele jeito com seu pai.
Em resposta, a mulher alisou a pele do próprio braço, fazendo alusão à pele negra da vítima, e declarou: “Olha o seu cabelo”.
A Polícia Militar foi acionada, Zeni foi presa em flagrante e encaminhada ao Plantão Policial, onde negou os fatos.
Acusada negou o crime 3br73
Após o caso ser investigado e encaminhado para o Ministério Público, o Judiciário aceitou a denúncia contra a acusada. Mais uma vez, diante do juízo, a mulher negou que tivesse ofendido as vítimas.
Afirmou que jogou água em um dos homens como uma “brincadeira”, pois era carnaval, e que ele ou a ofendê-la, chamando de “velha ridícula”, o que teria dado início a uma discussão. Em seguida, quando mais pessoas se aproximaram, a briga foi acentuada.
Ela alegou ainda que não proferiu ofensas racistas a qualquer um deles, e disse que foi provocada pelas vítimas quando já estava fora da piscina.
No entanto, a juíza da 4ª Vara Criminal de Piracicaba, Gisela Ruffo, ressaltou que não havia motivos para colocar em dúvida a declarações das vítimas, uma vez que sequer conheciam Zeni e não havia indícios de que queriam prejudicá-la, acusando-a injustamente.
“O contexto em que praticadas as ofensas a ofensora dizendo que as vítimas não poderiam estar no local, um clube, convém anotar também reforça o caráter criminoso do ato, como se pessoas de cor de pele preta fossem inferiores e não pudessem ter o a espaço qualificado de lazer", apontou a magistrada.
Defesa vai recorrer 3r4f23
Ao Terra, o advogado de Zeni, Augusto Cesar Rocha, afirmou que discorda dos fatos inseridos pelo Ministério Público na denúncia, bem como da sentença proferida e que irá recorrer.