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Conclave curto: cardeal chefe cita expectativa de processo menos demorado 4j15z

'Veremos o que o Espírito Santo diz'. Lazarus You Heung-sik conversou com a imprensa nesta quarta-feira, 23, no Vaticano. 1v3eh

23 abr 2025 - 10h14
(atualizado às 15h27)
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Resumo
Após a morte do papa Francisco, iniciou-se a discussão sobre a escolha do novo pontífice; especialistas destacam que o processo deve ser curto, sem herdeiros claros escolhidos por Francisco.
Sob aplausos de fiéis, corpo do papa Francisco chega à Basílica de São Pedro:

Após a morte do papa Francisco, fiéis se perguntam quanto tempo levará a escolha do novo papa; expectativa é de um conclave curto. 3u3i35

Quanto tempo vai demorar a escolha do novo papa? Essa é uma das principais perguntas entre os católicos após a morte do papa Francisco, na última segunda-feira, 21. Para Lazarus You Heung-sik, o conclave deve ser curto.

O cardeal chefe do escritório para sacerdotes conversou com a imprensa nesta quarta-feira, 23, após a procissão que levou o corpo do pontífice argentino até a Basílica de São Pedro para o início do velório, e afirmou saber dos desafios do processo de escolha de um novo líder da Igreja Católica.

 “Veremos o que o Espírito Santo diz”, afirmou.

O novo papa pode ser asiático? 145yu

Heung-sik, que é coreano, ainda foi questionado sobre a possibilidade do novo papa ser asiático. “Para o Senhor, não há Oriente ou Ocidente”, respondeu.

Ele apareceu na lista do jornal italiano Corriere della Sera como bem cotado para o posto.

Lazarus You Heung-sik é apontado como candidato a ser novo papa
Lazarus You Heung-sik é apontado como candidato a ser novo papa
Foto: Christopher Furlong / Getty Images

Quem são os favoritos para suceder o papa Francisco? 2506g

Nos corredores do Vaticano, há um ditado que costuma ser lembrado em época de sucessão no comando da Igreja: “quem entra no conclave como papa sai como cardeal”.

Isto porque, no complexo tabuleiro político do sistema colegiado que escolhe um novo sumo pontífice, é comum que favoritos não sejam os escolhidos.

Aconteceu com o papa Francisco. Dias antes do conclave, em 2013, pouquíssimos apostavam no argentino Jorge Bergoglio.

Na recém-lançada autobiografia Esperança, o próprio papa pontuou que os “candidatos fortes” naquele ano eram o brasileiro Odilo Scherer, o italiano Angelo Scola, o norte-americano Sean O’Malley e o canadense Marc Ouellet.

Na história recente da Igreja, o polonês Karol Wojtyla também era visto como azarão — e tornou-se o João Paulo 2.º de longo e marcante pontificado. O alemão Joseph Ratzinger, por sua vez, quando foi eleito papa Bento 16, era tido como o sucessor natural, “preparado” por João Paulo 2.º, nome forte de seu papado.

Papa Francisco deixou um herdeiro para assumir seu posto? 1i6p6t

Especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam que Francisco não preparou um herdeiro. Mas, sim, definiu o perfil de um potencial herdeiro.

“Ele não construiu um sucessor natural. Nas conversas com as pessoas, ninguém sabe quem é o nome que, caso Francisco pudesse votar, ele votaria. Ninguém sabe porque não tem mesmo”, avalia o vaticanista Filipe Domingues, professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, e diretor do Lay Centre, também de Roma.

Isso acontece em partes porque Francisco tornou o colégio cardinalício, tradicionalmente eurocêntrico, uma instituição global, com representantes de todas as chamadas periferias do planeta. “Muitos cardeais nem se conhecem. E não têm suas opiniões conhecidas também”, diz Domingues.

Ao longo de seu pontificado Francisco realizou dez consistórios — quando novos cardeais são nomeados. É um recorde, superando os nove de João Paulo 2. Atualmente são 253 purpurados, sendo 140 eleitores — com menos de 80 anos.

O peso político impresso por Francisco é evidente, já que, desse total, 149 cardeais foram indicados por ele. Dentre os eleitores, 110 receberam o barrete das mãos do argentino, 24 de Bento 16 e apenas seis são remanescentes do período de João Paulo II.

“Não arrisco nomes (para o sucessor), mas posso falar de um perfil”, diz o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, ex-coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e editor do jornal O São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo.

“Terá de ser um progressista moderado, capaz de consolidar as iniciativas de Francisco, mas sem levar a uma ruptura com os atuais descontentes, se tornará uma forte oposição ao hiperindividualismo nacionalista, que tem em (Donald) Trump (presidente dos Estados Unidos) sua figura mais destacada, e um defensor da solidariedade internacional.”

Para Ribeiro Neto, “o próprio choque entre a doutrina católica e a conjuntura internacional o levará a ocupar essa posição”.

Professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o teólogo e historiador Gerson Leite de Moraes também faz a leitura conjuntural.

Em tempos de ascensão da extrema-direita, euroceticismo e enfraquecimento do continente europeu diante de governos como o de Trump e o russo Vladimir Putin, ele vê como altas as chances de que um cardeal do velho continente volte a comandar a Igreja.

“Se formos levar em consideração a política internacional do momento, com um certo desprestígio da Europa, talvez a Igreja pense que a sucessão seja o momento de voltar a ter um papa europeu, para que o continente se fortaleça”, comenta ele. “Para se posicionar no xadrez internacional.”

Fonte: Redação Terra
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