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Vídeo mostra carnaval no Rio de Janeiro, não protesto contra anistia do 8 de Janeiro em São Paulo 351n22

AOS GRITOS DE 'SEM ANISTIA', FOLIÕES ARAM EM FRENTE AO EDIFÍCIO ONDE MORA GENERAL DENUNCIADO PELA MORTE DE RUBENS PAIVA; IMAGENS CIRCULAM FORA DE CONTEXTO h4c1c

1 abr 2025 - 15h41
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O que estão compartilhando: que o vídeo de uma multidão nas ruas gritando "sem anistia" foi filmado no último domingo, 30, na Avenida Paulista, em São Paulo, em frente à casa de um general responsável por torturar e matar Rubens Paiva, em 1971, durante a ditadura militar. 574w4f

Vídeo de multidão gritando "Sem anistia" não foi filmado na avenida Paulista
Vídeo de multidão gritando "Sem anistia" não foi filmado na avenida Paulista
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo foi gravado na cidade do Rio de Janeiro, no dia 2 de março, durante a agem de um bloco carnavalesco por um túnel, no bairro de Botafogo. O general citado na postagem mora na capital fluminense, mas a residência dele fica no bairro do Flamengo, a cerca de 2 quilômetros de distância do local da gravação.

Foliões protestaram na rua do general

O vídeo alvo desta checagem não foi filmado próximo à residência do general Belham, mas outros registros feitos durante o carnaval do Rio mostram que houve gritos de "Sem anistia" na rua em que vive o militar da reserva. No dia 4 de março, um cortejo ou em frente ao prédio dele.

Apesar da legenda da publicação informar que o cortejo é o da Orquestra Voadora, uma representante do bloco negou que isso seja verdade, porque o grupo desfila no aterro do Flamengo, em um ponto distante mais de dois quilômetros da residência do general.

Antes do Carnaval, o local onde vive o general Belham já tinha sido alvo de protestos. Em 24 de fevereiro, cerca de 20 jovens levaram cartazes com o rosto de Rubens Paiva e faixas cobrando justiça pela morte do ex-deputado.

Belham era comandante do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) quando Rubens Paiva sumiu. Segundo a denúncia do MPF, ele foi um dos responsáveis pela morte do ex-deputado. Rubens Paiva teria sido torturado para delatar dissidentes da ditadura.

Vídeo não foi filmado na avenida Paulista

No último domingo, 30, entidades ligadas ao PT e ao PSOL realizaram um protesto contra o projeto de lei que anistia os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, ocorridos em Brasília, em 2023.

A manifestação foi uma resposta ao ato organizado por Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia no Rio de Janeiro, no dia 16 de março, que teve entre suas principais bandeiras justamente a defesa da anistia aos envolvidos no ataque às sedes dos Três Poderes.

O vídeo alvo desta checagem, assim como outros que aram a circular desde então, enganam a quantidade de pessoas que foram às ruas no domingo.

De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), e a ONG More in Common, 6,6 mil pessoas estiveram presentes no ato na capital paulista.

O mesmo método de contagem estimou que o público do ato convocado por Bolsonaro na orla de Copacabana no dia 16 reuniu 18,3 mil pessoas. Mas, como mostrou o Estadão, há divergência sobre o número.

Recentemente, o Verifica mostrou que um vídeo que mostra a avenida Paulista cheia é de protesto de 2021, não do ato de domingo.

Estadão
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