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Relatório do governo francês alerta para ameaça 'islamista'; muçulmanos temem estigmatização 3m2l5o

Um relatório do governo francês alerta sobre a tentativa da Irmandade Muçulmana de "reconfigurar a sociedade" na França. O estudo, que foi apresentado em uma reunião do Conselho de Defesa chefiada pelo presidente Emmanuel Macron nesta quarta-feira (21), aponta uma "ameaça muito clara" ao país. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, destacou a gravidade da situação, enfatizando que essa ameaça representa um esforço para influenciar e moldar as estruturas sociais e políticas da França. 4y4823

21 mai 2025 - 16h31
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Um relatório do governo francês alerta sobre a tentativa da Irmandade Muçulmana de "reconfigurar a sociedade" na França. O estudo, que foi apresentado em uma reunião do Conselho de Defesa chefiada pelo presidente Emmanuel Macron nesta quarta-feira (21), aponta uma "ameaça muito clara" ao país. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, destacou a gravidade da situação, enfatizando que essa ameaça representa um esforço para influenciar e moldar as estruturas sociais e políticas da França. 4y4823

Le président de la République, Emmanuel Macron, à l'Élysée, le 21 mai 2025.
Le président de la République, Emmanuel Macron, à l'Élysée, le 21 mai 2025.
Foto: AFP - CHRISTOPHE PETIT TESSON / RFI

Emmanuel Macron repreendeu duramente seus ministros durante a reunião do Conselho de Defesa dedicada a este suposto movimento islamista na França. O presidente francês considerou que as propostas apresentadas pelo governo não estavam à altura da "gravidade dos fatos" expostos no relatório. "Isso não está certo", disse ele, acrescentando que as propostas não correspondiam à seriedade do tema.

O chefe de Estado pediu uma "comunicação adequada", lembrando as reações violentas de parte do mundo muçulmano após seu discurso de 2020 sobre o separatismo. "Não podemos dar a impressão de que todos os nossos compatriotas muçulmanos são agentes de influência da Irmandade Muçulmana", continuou uma fonte do alto escalão francês, presente na reunião.

O presidente exigiu que novas propostas fossem apresentadas ao governo, as quais serão avaliadas em um próximo Conselho de Defesa marcado para o início de junho, segundo um comunicado sucinto do Palácio do Eliseu. A reunião contou com a presença do primeiro-ministro François Bayrou, bem como dos ministros responsáveis pelos setores envolvidos, incluindo os do Interior, das Relações Exteriores, das Finanças, da Educação Nacional, do Ensino Superior e dos Esportes. Esses três últimos ministérios são particularmente visados pelo suposto movimento islamista, conforme detalhou o Eliseu.

Macron não apenas pediu que os ministros revisassem suas propostas, mas também expressou seu descontentamento com os vazamentos de informações à imprensa sobre o relatório que ele próprio havia encomendado em 2024 sobre a Irmandade Muçulmana e o islamismo político. "O clima estava tenso, e Emmanuel Macron ficou irritado com alguns de seus ministros pela preparação da reunião e pelos vazamentos antes da reunião", confirmou uma fonte ministerial.

O ministro do Interior, Bruno Retailleau, que recentemente obteve uma vitória contundente à frente do partido de direita Os Republicanos, foi particularmente alvo dessa frustração do presidente, principalmente devido aos vazamentos de informações.

Preocupação entre a comunidade muçulmana 2x3z1u

O relatório sobre o islamismo na França, que destaca a crescente preocupação com a influência da Irmandade Muçulmana no país, tem gerado preocupação entre a comunidade muçulmana. Muitos temem que as discussões públicas sobre o islamismo e o extremismo possam levar a um aumento da estigmatização dos muçulmanos e reforçar estereótipos negativos.

De acordo com líderes muçulmanos, a associação generalizada entre o islamismo e o extremismo violento tem afetado a percepção pública dos muçulmanos na França, que já enfrentam desafios em termos de integração social e aceitação. Essa situação pode resultar em uma maior marginalização e discriminação, prejudicando ainda mais a convivência pacífica no país.

Organizações muçulmanas alertam para a necessidade de uma abordagem equilibrada e baseada em fatos, em vez de simplificar questões complexas e aplicar estigmas a uma comunidade ampla e diversificada.

O que diz o documento 3m4kh

O documento de 73 páginas foi encomendado em maio de 2024 para examinar "o islamismo político e o movimento da Irmandade Muçulmana".

Elaborado por dois altos funcionários públicos, o relatório permanece classificado no nível mais baixo de segurança nacional da França. No entanto, trechos foram publicados na terça-feira pelo jornal de direita Le Figaro.

De acordo com as informações divulgadas, cerca de 7% dos 2.800 locais de culto muçulmanos na França estão ligados ao movimento. Nas sextas-feiras, aproximadamente 91.000 pessoas participam das orações em todos os locais.

O relatório também expressa preocupação com a disseminação do islamismo radical em cerca de 20 departamentos ses e alerta para uma abordagem mais conservadora ou rígida na prática religiosa.

"Está tudo muito claro", disse Retailleau aos jornalistas na terça-feira. "Há um islamismo silencioso se espalhando, principalmente ao tentar entrar e se infiltrar em associações esportivas, culturais, sociais e outras." O ministro afirmou ainda que recebeu o relatório pela primeira vez quando assumiu a pasta do Interior da França, em setembro de 2024.

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A Irmandade Muçulmana é um movimento islâmico sunita fundado no Egito em 1928. Embora tenha começado como um grupo anti-colonial e de reforma religiosa, atualmente promove uma forma de islamismo político que busca influenciar a sociedade por meio de redes religiosas, educacionais e de caridade.

O movimento não possui uma liderança centralizada e opera de forma diferente ao redor do mundo. Foi banido em vários países, incluindo Egito, Arábia Saudita e Jordânia.

Oficiais na Europa afirmam que a Irmandade Muçulmana busca influenciar a sociedade por meios discretos ou indiretos.

Na terça-feira, Retailleau afirmou que o "objetivo final" da Irmandade é "empurrar toda a sociedade sa em direção à lei islâmica", algo que ele chamou de "inaceitável" e "incompatível com os princípios da França e os objetivos de coesão nacional".

(Com AFP)

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